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11 de jul. de 2009

Em 1998 o pedagogo e empresário Flávio St Jayme começou a escrever contos literários. Dois anos depois conseguiu reunir material suficiente para escrever alguns livros. Em casa, juntou 18 textos e encadernou para mostrar aos amigos. Ele fez pesquisas para saber como poderia publicar comercialmente a obra, mas não seguiu adiante e nem tinha verba para isso. Soube que algumas editoras aceitavam avaliar materiais de novos autores, mas a possibilidade de ser escolhido era pequena. Este ano descobriu a existência do site www.clubedeautores.com.br e conseguiu lançar a primeira publicação, chamada 'O Livro dos Dias ou Postcards From Heaven'. O melhor foi que não gastou nada para isso. Para entender como funciona é fácil. O interessado manda pela internet as páginas já diagramadas para o Clube de Autores. No caso de Jayme, as páginas foram impressas exatamente como o autor pretendia. Ele também enviou sua sugestão de capa, mas para quem preferir o site oferece opções prontas. O Clube de Autores foi criado há dois meses....
Clique na imagem para aumentar e ler a matéria na íntegra.

Publicado na Folha de Londrina de 11/07/09

Dinossauros no gelo

10 de jul. de 2009

Entrevista: Carlos Saldanha, cineasta

Publicado pela Gazeta do Povo em 01/07/2009

AEXSANDRA BENTEMULLER


Em entrevista à Gazeta do Povo por telefone, o brasileiro Carlos Saldanha, que continua responsável pela direção, garante que criar uma sequência da bem-sucedida animação não é um trabalho simples. "Está cada vez mais difícil. Estamos com o ‘peso’ de fazer um filme melhor que os anteriores. Trabalhamos muito duro para buscar novidades e avanços criativos na história", contou.
Saldanha tenta superar o desafio criando novos personagens. Entre os novatos de "A Era do Gelo", estão Buck, uma doninha de um olho só (e completamente doida) que guia os animais na aventura pelo mundo dos dinossauros, e Scratita, uma fêmea que disputa a noz com o simpático esquilo pré-histórico Scrat – trama paralela do filme. “A vida do Scrat gira em torno de buscar a noz. Agora, ele vive o desafio de escolher entre a noz e namorada. As sequências são engraçadas e criativas”, contou o diretor.
Comparado a seu antecessor, "A Era do Gelo 3" avança significativamente tecnologicamente: o filme agora tem cópias no formato 3D digital. Os personagens estão mais bem definidos visualmente (como a pelagem dos mamutes) e há diversos efeitos visuais que prometem agradar a platéia. Confira a entrevista:



A "Era do Gelo 3" agora na era do 3D...
Começamos a trabalhar nesse filme há três anos. Naquela época, o 3D estava no início. Decidimos fazer em 3D para competir de igual para igual com todos os filmes que seriam lançados nessa época. Foi preciso nos especializar para fazer essa transformação, mas na verdade não muda muito a história. Você continua querendo fazer o mesmo filme que faria antes. O que muda é que começamos a ficar mais “ligados” com relação à câmera e às sequências de ação. Tudo tem que ser bem planejado para que funcione em 3D.



O avanço tecnológico acompanha o avanço criativo?
Sim. Estamos sempre melhorando. Alguns avanços tecnológicos, às vezes, são imperceptíveis para o público. Nesse filme, criamos uma floresta com os dinossauros. Isso gerou um desafio tecnológico muito grande. Os desafios tecnológicos vêm através dos desafios criativos. Primeiro você tem a ideia. Depois, vai buscar tecnologia para realizar essa ideia.
Esse é o terceiro filme de uma série bem-sucedida. É difícil ser original?
A história do "A Era do Gelo 3" introduz novos elementos: os dinossauros. É um processo longo. Trabalhamos em uma equipe muito grande que está sempre atenta a buscar novas ideias. Fazer a terceira sequência de “A Era do Gelo” é muito difícil. Os filmes anteriores foram um sucesso. Estamos no terceiro com o “peso” de fazer um filme melhor. Por isso, trabalhamos muito duro para buscar novidades e avanços criativos na história. O público tem que encontrar os personagens que amam, mas também novidades. Aí vem o trabalho pesado.



Agora, temos dinossauros na história. Só que dinossauros não viveram num mundo coberto de gelo. Como você fez isso?
Dinossauro foi uma ideia que surgiu em uma reunião. Todo o filme tem uma temática emocional central, ou seja, os personagens. Como estamos falando de família, os desafios são grandes. O primeiro filme foi o encontro dessa família formada por três amigos. No segundo, a família aumentou com a chegada da Ellie e os gambás. Agora, aumentamos ainda mais essa família com a chegada dos bebês dinossauros. A temática é sobre paternidade e como a chegada do bebê afeta a família como um todo. A família como temática é um mundo muito fértil, de emoção, comédia e drama. Dentro desse contexto da família e emoções com a chegada do bebê, criamos um cenário de fundo que é justamente o mundo dos dinossauros. É um contraste muito grande. Foi uma ideia que deu muito espaço para a criação. Prometemos muita novidade, emoção e aventura.



Você faz a voz de um bebê dinossauro?
Sim. Bem no início da produção, quando não temos as vozes dos atores ainda, gravamos com as nossas próprias vozes. Algumas vozes ficam legais e mantemos.



Você incluiu no filme uma namorada para Scrat. Haverá competição pela noz?
A gente sempre fica pensando: o que fazer com o Scrat? Qual história vamos contar? Como essa temática de construir família pensamos: que tal uma namorada para ele? Criamos um triângulo amoroso bem interessante. A vida dele gira em torno de buscar a noz. Agora, ele vive o desafio de escolher entre a noz e namorada. As sequências são engraçadas e criativas.



Quando você co-dirigiu "A Era do Gelo" em 2002 em parceria com Chris Wedge (que foi o responsável por sua ida para os estúdios Blue Sky) imaginava que estaria à frente da direção das duas sequências do filme?
Não, não imaginava. Meus planos profissionais nunca foram além do que estou fazendo. Eu tenho sonhos, desafios e coisas a conquistar. Tudo vai caminhando dentro do que você está buscando. Tinha o objetivo de um dia fazer um filme só meu, de dirigir sozinho. Fui aproveitando as oportunidades para chegar a esse ponto. Mas não tinha grandes projeções.



Você nunca exagerou sua importância no exterior. Não compartilha o ufanismo do tipo "nunca um brasileiro teve tanto destaque na animação estrangeira". Ainda pensa assim? Ainda pensa que está só fazendo um filme?
Eu entendo esse pensamento do público. Claro que é um desafio pessoal. Claro que é importante meu trabalho, mas no final do dia é tudo a mesma coisa (risos). Continuo acordando cedo para trabalhar. Continuo tendo os meus problemas. Continuo tendo que conciliar família e trabalho. Nada mudou. O sucesso é fruto do trabalho, do desafio. Então você não pode parar de fazer isso, de trabalhar e buscar esses desafios. Eu não posso relaxar só porque agora tenho sucesso. Não acontecem assim. Cada vez mais, os desafios são maiores, mais difíceis. Não dá tempo para deixar subir à cabeça. É tão corrido. Eu já estou embarcando em outro filme.



Você dirigirá animação sobre uma "arara nerd". Em que fase anda o projeto?
Está muito no início. Vou contar a jornada de uma arara azul que vai para o Brasil depois de morar a vida inteira nos Estados Unidos. No Brasil, ela "se descobre" através da música e da nossa cultura. Ela descobre sua alma. Há anos sonho fazer um filme usando o Brasil como temática. Nosso País é tão rico em cultura, cores e diversidades. Agora, vai rolar. Estamos trabalhando no roteiro e na criação de personagens.



Sonha com um Oscar? (Já ganhou um Oscar pelo curta-metragem "Gone Nutty", em 2003, e viu "A Era do Gelo", em 2002, que co-dirigiu, concorrer na categoria de longa de animação)
Não muito. Procuro não pensar nisso. Vou ficar muito feliz e orgulhoso se um dia ganhar um Oscar com um longa de animação. Mas a minha vida não gira em torno disso. Se chegar um dia, ótimo. Se não chegar, já estou super satisfeito e feliz.



Há um "Era do Gelo 4" em vista?
Tenho certeza que já estão pensando nisso. Para mim, esse é meu último "A Era do Gelo". Talvez eu ajude como consultor ou como produtor-executivo. Já estou trabalhando em um novo projeto.
 

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