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blog Pausa Dramática

Restaurante curitibano usa iPad como cardápio

22 de dez. de 2010


O Trovatta Risoteria sai na frente em Curitiba e lança o cardápio digital Sophia, para facilitar a vida de quem gosta de boa comida e ótimo atendimento.




A utilização de cardápios digitais em restaurantes, bares e estabelecimentos gastronômicos já começa a tomar forma, através do uso de tablets na escolha do pedido e no fechamento das contas do cliente. No Trovatta Risoteria, em Curitiba, o iPad é o carro-chefe deste novo conceito de atendimento, focando em praticidade, rapidez no serviço prestado e satisfação dos clientes que ali frequentam.

O Baixaki foi conferir de perto a novidade e mostra para você como o cardápio digital funciona e como ele pode melhorar o serviço das mesas, sem que você precise esperar pelo garçom para fazer seu pedido.

O iPad no Trovatta


Criado pelos sócios Rodrigo Vieira, Rômulo Winter e Gabriel Centenaro, o Cardápio Digital Sophia foi o primeiro sistema a ser implantado na cidade de Curitiba. O Trovatta, do chef e proprietário Armando Fuoco, conta com 15 aparelhos disponíveis na sede do Shopping Crystal, para que os clientes confiram todas as opções e façam o pedido diretamente para a cozinha, sem precisar do garçom para isso.

Claro, o garçom pode ou não ser requisitado, dependendo de como o cliente se sinta em relação ao iPad disponível na mesa, afirma Raul Carrasquillo, funcionário do Trovatta e sócio de Fuoco em um novo empreendimento. O garçom traz o aparelho até o cliente, abre um número de mesa e, a seguir, dá dicas sobre os pratos especiais do dia, prestando o serviço ao cliente e se colocando à disposição.

Ipad no Trovatta

Se a pessoa estiver com problemas em relação ao pedido, no iPad existe a  opção “auxílio do garçom”, que pode ajudar a qualquer momento. Todas as informações digitadas no aparelho aparecem em um servidor, que traz também informações sobre o estoque do restaurante, tempo do pedido e o subtotal da conta de cada mesa.

Além de ser conectado com o servidor, o iPad está totalmente ligado com a cozinha, facilitando e deixando tudo muito mais rápido. Sem ter noção da dimensão de toda a conectividade, quem vai degustar um bom risoto fica monitorado para que não falte nada em seu atendimento.

Aceitação da clientela


Carrasquillo comenta que mesmo aqueles clientes mais tradicionais e fiéis gostaram da novidade e não apenas se adaptaram rapidamente ao novo sistema, como também ficam interessados no iPad e navegam pelas opções ali mostradas. Diferente de tirar o garçom da mesa, ele melhora o atendimento, uma vez que o atendente pode trazer bebidas e circular pelo restaurante, oferecendo um serviço ainda melhor.

O iPad fica nas mesas, à disposição do público

Outra boa vantagem do iPad é na hora de opções não tão usuais. Ao brincar e navegar pelo aparelho, Carrasquillo afirma que os clientes prestam ainda mais atenção no que está exposto no cardápio e acabam consumindo sobremesas e afins com frequência.

Apenas 10% das pessoas não utilizam o iPad quando lhes é dada a opção, ou seja, uma pequena parte dos frequentadores do restaurante. Ainda assim, o Trovatta conta com duas opções de sistemas, agradando ao público que ainda não está acostumado ou não fica confortável com a tecnologia.

Assim como os clientes, os funcionários também estão se adaptando bem ao novo sistema, utilizando-o sem maiores problemas. O iPad “os deixa mais soltos e com tempo mais livre, podendo assim aperfeiçoar o serviço prestado”, comenta Carrasquillo.

Sistema Sophia


O Cardápio Digital Sophia foi implantado há apenas um mês no restaurante, portanto ainda não conta com notícias ou propagandas quando o aparelho está em modo de descanso. Todavia, as parcerias já estão em andamento, trazendo ainda mais conteúdo a quem senta para apreciar a culinária do Trovatta.

Cardápio do restaurante

Extremamente intuitivo, o cardápio mostra todas as opções da casa, que podem ser acessadas por meio da tela touchscreen disponível no aparelho. Conforme você clica em “cardápio”, abre as opções de carnes, risotos, saladas e outras especialidades da casa.

Ali aparece a listagem completa daquilo que pode ser consumido, os quais você escolhe conforme a sua vontade. De acordo com o prato, o sistema mostra um submenu, com opções de ponto de carne (bem passada, mal passada ou ao ponto) ou mesmo de sucos (com gelo, sem açúcar, etc.) para que você já escolha tudo de acordo com seu gosto pessoal.

Ao terminar as escolhas, basta confirmar o pedido para que ele seja enviado diretamente para a cozinha, o que facilita ainda mais o processo. Diferente da parte da frente do restaurante, o sistema da cozinha não mudou, uma vez que os pedidos são impressos diretamente para o preparo.

Depois de degustar todas as delícias do restaurante, você pode fechar a conta também pelo iPad. Basta clicar em “fechar conta” e escolher a forma de pagamento. É neste passo que o tablet fica travado, para que o garçom traga a máquina de cartão (ou colete o dinheiro de suas mãos) e recolha o aparelho, liberando-o para uso em outras mesas.

Feche sua conta rapidamente

Caso haja alguma mudança na logística (acabou um ingrediente do prato, os especiais são outros, etc.) do restaurante, as atualizações podem ser feitas na hora através do servidor, e a seguir, mostradas no iPad sem maiores problemas. Da mesma maneira, qualquer mudança em valores dos pratos podem ser feitas rapidamente, sem a necessidade de aguardar a confecção de novos menus para o restaurante.

Propaganda e custos


Além do cardápio, o cliente ainda pode navegar por notícias trazidas pelo próprio restaurante, como apresentações, novidades e lançamentos. Quando ele fica sem uso, o iPad mostra ainda propagandas de empresas parceiras do restaurante, que alugam o espaço e são vistos por interessados em seu produto.

Os iPads são disponibilizados por meio de aluguel pela empresa Infosolar, a mesma desenvolvedora de todo o sistema personalizado para o restaurante. A ideia é que as propagandas paguem os custos que o iPad traz, sem que seja necessário modificar o caixa do próprio estabelecimento.

Cardápio digital Sophia

Rodrigo Vieira, diretor administrativo do sistema Sophia, afirma que os custos variam de acordo com o cliente. É necessário conferir cada caso para depois conversar sobre valores. Durante a conversa com o Baixaki, Vieira também afirma que o iPad é, por enquanto, o foco do projeto, exatamente pelo alto tempo de bateria e por ser um atrativo, tratando-se de um aparelho sobre o qual boa parte das pessoas já ouviu falar.

Já o servidor, comenta Vieira, roda com o sistema Linux. Assim, o restaurante fica mais protegido (uma vez que o Windows é mais visado para ataques) e servidor não apresentará maiores problemas.

Tendências para o futuro


Além do Trovatta do Shopping Crystal, existem mais dois restaurantes da rede em outros shoppings da cidade. A ideia é que todos eles possuam o sistema, por meio do aluguel dos iPads e implantação em cada um dos estabelecimentos.

Além disso, o novo empreendimento de Carrasquillo e Fuoco, o Arragui Bistro Bar, já deve nascer com os iPads disponíveis nas mesas. Com isso, o novo restaurante já vai nascer completamente conectado, seguindo que deve ser uma tendência do mercado.

Em São Paulo, por exemplo, o Bar Brahma também possui iPads em suas mesas, facilitando o atendimento em cada uma das mesas do bar. Portanto, espere por ainda mais tecnologia na hora de saciar a fome e a sede no seu local predileto.

do Baixaki

UCI traz tecnologia de projeção digital inédita para o Brasil

21 de dez. de 2010

A rede UCI traz com exclusividade para o Brasil a aguardada tecnologia de projeção digital 4K. Com a novidade nas telonas dos cinemas, os espectadores terão imagens com coloração e definição jamais vista. O acordo milionário entre a Sony Electronics e a rede UCI permitirá aos 16 cinemas da rede no país a instalação de 26 novos projetores no total. Além disso, todas as salas 4K Sony contarão com o sistema 3D da Real D.


A novidade representa o dobro da qualidade de imagem transmitida hoje nos cinemas nacionais. Comparativamente, a tecnologia FULL HD entrega 1.080 linhas horizontais por 1.920 verticais, enquanto a tecnologia 4K, 4.096 linhas horizontais por 2.160 verticais, o que significa mais de oito milhões de pixels por imagem.

“Trabalhamos para levar aos clientes uma experiência cada vez melhor em nossos cinemas. Focamos nas melhores tecnologias para oferecer ao público o que há de mais avançado em qualidade de imagem e conforto nas nossas instalações. Sempre buscamos inovação, e agora estamos trazendo o que há de mais moderno em resolução para exibição de imagens digitais”, destaca Monica Portella, diretora de Marketing UCI Brasil.

Além de trazer a tecnologia digital com exclusividade para o país, o acordo mundial entre a empresa controladora da UCI, a National Amusements, engloba seis projetores na Argentina, 53 para o Reino Unido e 219 para os Estados Unidos, totalizando a instalação de 304 projetores ao longo de 2011. Até o final de 2012 serão instalados um total de 700 projetores em toda a rede.

“A tecnologia Sony 4K tem uma trajetória de sucesso comprovada, definição de dados sem precedentes, qualidade e flexibilidade de imagem e oferece a possibilidade de manter a UCI e National Amusements no nível mais elevado de tecnologia”, destaca Shige Morikawa, da Sony.

Com a nova técnica, a expectativa é deixar ainda mais interessante a experiência dos espectadores nos cinemas. “O cinema digital é mais do que apenas mostrar filmes em alta resolução. É proporcionar uma experiência de entretenimento totalmente nova, mais dinâmica, envolvente e imersiva, dando um motivo a mais para nossos clientes irem ao cinema”, afirma Duncan Short, vice-presidente de Operações Internacionais National Amusements. Segundo ele, a UCI está procurando novas maneiras para a participação dos consumidores em uma experiência original e dinâmica fora de casa e está transformando suas salas em ‘destinos de entretenimento’.

A rede foi pioneira na instalação da primeira sala digital do Brasil, no megaplex do Rio de Janeiro (UCI NYCC), na Barra da Tijuca, em 2002, com projetor 1.2K, o mais evoluído para a época. Na ocasião foi exibido, com exclusividade, o filme Star Wars, pioneira produção de longa em alta definição digital. Em 2007, a rede inaugurou o UCI Kinoplex no NorteShopping, primeiro cinema da Zona Norte, também no Rio de Janeiro, com tecnologia para exibir filmes digitais em 3D, com um projetor de 2K e 3D da RealD.

Para quem quiser conferir a nova sala Sony Digital Cinema 4K, o UCI Palladium estará exibindo o longa “Tron: o Legado”. O cinema exibe também o filme “As Crônicas de Nárnia” na sala 4, também em digital 3D 2K. Os ingressos custam R$ 20,00 (inteira) às segundas, terças e quintas-feira; R$ 22,00 às sextas, sábados, domingos e feriados; e R$ 17,00 às quartas-feiras promocionais. O ticket Família, que inclui dois adultos e duas crianças, custa R$ 48,00.

Sobre a UCI

Sinônimo de qualidade e tecnologia, a UCI (United Cinemas International Ltda), há 12 anos no Brasil, possui 16 complexos espalhados pelas principais cidades do país: Rio de Janeiro, São Paulo, Ribeirão Preto, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza e Juiz de Fora, totalizando 153 salas. A rede é responsável pelo maior cinema do Brasil, o UCI NYCC, localizado no Rio de Janeiro e responsável pelo maior número de público do país desde sua inauguração.

No Brasil, o circuito é composto por empreendimentos da UCI Brasil e também por complexos operados em parceria com exibidores locais como os grupos Severiano Ribeiro e Orient Films. Em 2005, a UCI Brasil passou a ser controlada pela National Amusements International (NAI), que administra o Grupo Viacom e possui mais de 1.500 salas de cinema no mundo.

Sobre o NAI

Em 2005, a UCI Brasil passou a ser controlada pela National Amusements International (NAI), empresa de capital fechado, com mais de 65 anos de experiência no ramo do entretenimento e sede em Boston (EUA). A NAI administra o Grupo Viacom, que inclui a Paramount Pictures, MTV, Nickelodeon, CBS Television, Infinity Broadcasting, entre outras empresas com forte atuação na indústria do entretenimento e da comunicação.


Serviço:

UCI Cinemas Palladium
Sala 5 – 3D Digital 4K, capacidade para 274 pessoas
Sala 4 – 3D, capacidade para 274 pessoas
Endereço: Rua Presidente Kennedy, 4121, piso L3 – Palladium Shopping Center

A história do Natal digital

13 de dez. de 2010

Legado de pai para filho

Tron: O Legado’ chega ao Brasil na próxima sexta-feira e une duas gerações de fãs que cresceram vendo quadrinhos, filmes e videogames

     Bem antes da trilogia Matrix, da sensação Scott Pilgrim ou das animações de última geração da Pixar, um filme tornou-se um marco por unir pela primeira vez a linguagem e o mundo dos videogames e quadrinhos no cinema. ‘‘Tron: Uma Odisséia Eletrônica’’ foi um fracasso comercial, mas virou um cult movie, especialmente às vésperas da chegada da sequência, mais de 18 anos depois do original. ‘‘Tron: O Legado’’, estreia, com cópias 3D, no próximo final de semana e une duas gerações de nerds.


Marden Machado e seu filho Philip: influenciado pelo pai, o jovem também se interessou cedo pela tríade cinema-quadrinhos-videogames

‘‘Foi aquele tipo de filme que, mesmo na época, a impressão era de que já era sobre um videogame muito avançado, até porque a referência que a gente tinha era o Atari’’, lembra o jornalista e crítico de cinema Marden Machado, de 47 anos, que, na época de ‘‘Tron: Uma Odisséia Eletrônica’’, tinha 20 anos.

     No filme original, escrito e dirigido por Steven Lisberger em 1982, o engenheiro de softwares Kevin Flynn (Jeff Bridges) vê seu trabalho ser roubado por um colega e decide se voltar contra sua corporação, como vingança. Só que ele acaba sendo tragado para o mundo virtual que costumava programar. Orçado em US$ 17 milhões, o longa teve desempenho aquém do esperado, com arrecadação de US$ 33 milhões, até porque teve um duelo direto com o público de ‘‘E.T., O Extraterrestre’’.

‘‘Na época não gostei muito do filme, mas achei bonito. É que na mesma época teve outros filmes bem interessantes, como o ‘Jornada nas Estrelas 2: A Ira de Khan’, ‘Highlander’, ‘Exterminador do Futuro’, ‘Blade Runner’ e outros’’, lembra Marden. ‘‘O ‘Tron’ se antecipou e foi numa época que acho que as pessoas ainda não estavam preparadas para criar uma ponte com os videogames. Não conseguiu ter retorno financeiro porque, além de pouquíssima gente ter curtido, tínhamos salas de cinema que estavam em ruínas, não havia o merchandising que há hoje.’’

    No entanto, ‘‘Tron’’ inovou ao ser o primeiro a tratar o tema de videogames com certa seriedade e a utilizar efeitos especiais baseados totalmente em computação gráfica de forma tão intensa. ‘‘A Pixar deve muito ao Tron. Porque muitos dos efeitos que hoje usam na animação começaram lá atrás’’, reflete Marden.

Tron’ (1982) foi o primeiro filme a utilizar efeitos especiais baseados totalmente em computação gráfica de forma tão intensa
 
Da Folha de Londrina

90% têm medo da violência

3 de dez. de 2010

Quase a totalidade dos brasileiros teme ser vítima de assalto ou assassinato, segundo estudo do Ipea. Falta de confiança na polícia influenciou no resultado da pesquisa

Nove entre dez brasileiros temem ser vítimas de homicídio e assalto à mão armada ou ter a casa arrombada. A sensação de insegurança foi medida pelo Sistema de Indicadores de Percepção Social sobre Se gurança Pública, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O estudo revela ainda que a polícia não aspira muita confiança na população.

 
“O dado é ruim para a sociedade brasileira porque afeta a qualidade de vida. Com medo, a população vive mal, estressada, ansiosa, mudando sua rotina de comportamento”, analisa o ex-secretário de Segurança de Minas Gerais e coordenador do Centro de Pesquisa em Segurança Pública da PUC-MG, Luís Flavio Sapori. “Esse sentimento fundamenta as posturas de autoproteção dos indivíduos”, diz.
 
“Por mais calor que faça, não consigo ficar com a porta aberta. Se chego em casa à noite, peço para o taxista esperar até eu entrar em casa. E qualquer barulho me impede de dormir. Às vezes, é só o barulho da chuva, mas acho que sempre tem alguém tentando entrar.” Zoraide, vítima de um arrombamento em março deste ano
Para a doutora em Psicologia Social e professora do mestrado em Psicologia da Universidade Tuiuti Denise de Camargo, os dados são tão alarmantes que a situação pode ser considerada quase uma patologia social. “Uma sociedade em que nove entre dez têm medo pode se dizer que é um medo muito acentuado. Quando chega a esse nível, já está interferindo na rotina das pessoas”, analisa. Para ela, o temor das pessoas se deve aos casos conhecidos que ocorrem, desde os noticiados pela mídia até os observados no dia a dia. “Mesmo quem não sofreu dessa violência, do transtorno pós-traumático, acaba sendo afetado, porque está a todo momento acompanhando esse tipo de caso”, diz.


Segundo o levantamento, na Região Sul, 70% da população tem medo de homicídios. No Nordeste, por outro lado, os números são mais elevados, com 86% afirmando ter muito medo de morrer por armas de fogo ou brancas. Na sequência, estão o Norte (79%), Sudeste (79%) e Centro-Oeste (75%).

Desconfiança

O resultado do levantamento, em parte, tem a ver com a falta de confiança da população nas Polícias Civil e Militar e nas Guardas Municipais, além da ineficiência dos serviços ofertados à comunidade, como atendimento de emergências, registro de queixas, abordagens policiais e rapidez na investigação de crimes.

Na avaliação de Sapori, é preciso “modernizar a polícia e rever os trabalhos de formação e de capacitação, além de combater a corrupção”.

O ex-secretário de Minas diz ainda que a política de segurança municipal, estadual e federal precisa diminuir não só os índices de homicídios e assaltos à mão armada, mas de furtos e roubos no cotidiano. “Essa é a forma concreta de diminuir o sentimento de medo. É preciso haver ação planejada entre os governos e fazer com que as pessoas confiem nas polícias”, afirma.

Para o ex-comandante da Polícia Militar de São Paulo Rui César Melo, o poder público precisa impor sua presença e não permitir a disseminação da impunidade. “A sensação de segurança vem a partir do momento em que a polícia faz melhor o seu trabalho, com mais presença, mais ostensividade”, diz.

Para ele, a divulgação mais frequente de erros e de casos de corrupção em vez dos acertos, por parte da imprensa e outros meios, distorce a visão da população sobre a corporação. “Dentro do número de operações diárias, é um porcentual mínimo que não dá certo. Mas é isso que se lê, assiste e se ouve. Quantas vezes se vê falar bem da polícia? É muito raro”, afirma.

Por esse motivo, as ocupações da polícia e do Exército em territórios até então dominados por traficantes no Rio de Janeiro, nas últimas semanas, tendem a apresentar resultados positivos na avaliação que a população faz da segurança pública.

O objetivo dos indicadores é verificar como a população avalia os serviços de utilidade pública e sugerir caminhos para algumas das demandas específicas percebidas com a pesquisa. Em se tratando de segurança pública, para transformar o panorama apresentado, segundo o estudo, o estado terá de trabalhar com eficiência e qualidade.
 
A reportagem procurou a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), vinculada ao Ministério da Justiça, e a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) para comentar o assunto, mas nenhuma das instituições se manifestou.

da Gazeta do Povo
 

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