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blog Pausa Dramática

BRASIL X BRAZIL: a tendência que não seca

12 de nov. de 2009

A euforia de ver o Brasil figurando no cenário mundial de forma digna[1], como o país que é, ou como pensamos que seja, está de volta, ou melhor, em voga. Está de volta? Sim, basta conhecer um pouco da nossa história recente, para saber que a grande promessa dos militares durante a ditadura, além do milagre econômico que logo virou um desastre financeiro, era também o ufanismo [2]desmedido da propaganda de que o Brasil era o país do futuro.
Eis que o “futuro” chegou, e precisamos racionalmente ponderar sobre o que pode representar para nós uma Copa do Mundo e uma Olimpíada. Deixando de lado o uso político desses dois eventos e o prejuízo descomunal para os cofres públicos, que é inevitável, temos finalmente a chance de capitalizar notoriedade e dinheiro em cima de uma imagem que vendemos[3] ou que venderam pra gente.
Não é alienação, nem mesmo querer esconder as mazelas que não escapam de qualquer olho atento que aporta por aqui, aliás, não é preciso mais esconder, já que o cinema nacional está até conseguindo vender nossas misérias de forma bem apurada, basta ver o sucesso internacional de Cidade de Deus e de Tropa de Elite.
Precisamos ser racionais e desde já ter em mente que não vamos conseguir desmistificar esse país que, de certa forma, nasceu mistificado por natureza[4]. O que no máximo poderemos mostrar é que estamos “crescidos”, profissionais, e que vamos sim, precisar fazer a linha Paris Hilton[5]. Entendam como quiser.




[1] Digna: o inverso do tratamento oferecido pela Uniban a Geisy
[2] O Lula fazendo discurso e/ou chorando, é o melhor exemplo
[3] Carmem Miranda feeling
[4] Acho que Caetano já disse algo parecido, afinal ele diz tanta coisa, fica a dica
[5] “Paris Hilton diz que não é tola, mas finge ser” – Folha de São Paulo – 22/10/2009

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