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Pagos para navegar no Orkut

25 de ago. de 2010

A febre das redes de relacionamento fez surgir o analista de mídia social, cuja missão é verificar o desempenho de marcas e empresas na web

A necessidade das empresas em influenciar o debate sobre suas marcas nas redes sociais abriu espaço para o surgimento de um novo profissional: o analista de mídia social. Oriundos principalmente dos cursos de comunicação, eles atuam na web produzindo e distribuindo conteúdo, conversando com clientes e monitorando o que é dito sobre as empresas para as quais atuam.


5 horas é o tempo gasto, em média, pelo internauta brasileiro nas redes sociais todos os meses. Segundo o estudo da consultoria Nielsen, 86% dos usuários do país frequentam esses sites

A jornalista Frances Baras é uma que entrou nesse mercado. Ela começou a trabalhar como especialista em redes sociais há 7 meses na Magic Web, empresa curitibana que desenvolve soluções nas áreas de internet e multimídia. Entre as contas da agência, estão empresas como Trainer Assessoria Esportiva, Jasmine Alimentos e Vimo Vídeo Foto, que terceirizam o serviço de mídia social para a Magic. “O trabalho consiste em cuidar das contas dessas empresas nas redes sociais, mas também vai bem além disso. Discutimos temas que podem ser usados nos blogs dos clientes e conversamos com o pessoal da área de otimização para publicar o conteúdo de maneira a dar o máximo de visualização para a marca”, conta ela, que muitas vezes também atua como “ponte” entre consumidor e empresa. “Monitoramos o que está sendo dito e repassamos as dúvidas aos departamentos específicos. Depois, damos o feedback ao usuário.”
 
Outras empresas optam por “internalizar” o funcionário, como O Boticário. A fabricante de cosméticos conta com um profissional exclusivamente dedicado às redes sociais, mais um grupo de suporte de 10 pessoas para monitorar a web. “O profissional é responsável por avaliar e monitorar o movimento das redes sociais com relação à marca Boticário e aos produtos. O trabalho também visa identificar oportunidades para desenvolver ações estratégicas, estreitar relacionamento com o consumidor, difundir conteúdo de lançamentos, e ainda, obter retorno do consumidor em relação a produtos do Boticário”, diz Renato Vertemati, coordenador de Serviços de Marketing do Boticário.


Mercado

“Esse é um mercado gigantesco, com muito potencial”, diz Joyce Jane, CEO do iDigo – Núcleo de Inteligência Digital, que oferece capacitação em novas tecnologias, com foco no universo corporativo. O Brasil, segundo estudo feito pela consultoria Nielsen, é o país mais conectado em redes sociais. Mais de 85% dos usuários brasileiros passam em média cinco horas por mês nesses sites.

“A consolidação da voz do consumidor faz com que as empresas tenham de se adaptar. O consumidor eliminou o intermediário. Ele não quer mais esperar a boa vontade de um SAC. O pessoal da nova geração é cada vez mais digitalizado, eles gostam e atuam nas rede sociais, e esse movimento só vai se fortalecer”, afirma Joyce.

Para ela, quem quer entrar nesse mercado precisa entender que a atualização e a “reciclagem” profissional é constante. “É preciso se manter o tempo todo um grande estudioso dessa nova comunicação e tem de ser antenado no que está acontecendo. As redes sociais são um caminho que evolui numa rapidez absurda, e a produção de conhecimento na área, com novas plataformas e ferramentas para interagir, é enorme. Então esse profissional precisa ser humilde e reconhecer que não vai estar pronto nunca. É uma atualização constante”, diz.

Entender os mecanismos para aumentar a audiência dos clientes é a dica de Antonio Borba, diretor comercial da Magic Web. Segundo ele, as empresas buscam um analista de rede social especialmente para aumentar sua influência nas ferramentas de busca. “As empresas querem maior visibilidade no Google. O analista precisa saber espalhar o nome da marca, aumentando sua relevância.”
 
Número de cursos na área cresce


A demanda das empresas por profissionais para atuar nas mídias sociais criou uma nova oferta de cursos na área. Neste semestre, a iDigo – Núcleo de Inteligência Digital, deve lançar cinco programas de especialização em redes sociais em Curitiba. No Rio de Janeiro, onde atua, a iDigo oferece cursos como “Redes sociais para os negócios”, “Redes sociais para Recursos Humanos”, “Como utilizar métricas na gestão do seu negócio” e “Estratégias de comunicação para Mobile”. A CEO da empresa, Joyce Jane, diz que a programação para Curitiba ainda não está fechada, mas o primeiro curso deve ocorrer no fim de setembro.

Também na capital, a Lemon Escola de Criatividade oferece um curso intitulado “Mídia e estratégias digitais”, com professores de várias agências de publicidade do país, como Leo Burnett e McCann.

Em São Paulo, as agências Colmeia, Cubocc e Livead, referências no mercado de comunicação digital, se juntaram à escola gaúcha Perestroika para lançar o curso “A Missa”, que começa no mês que vem. Cada módulo contará com aulas de profissionais de uma das agências. O curso será sempre aos sábados, até dezembro. “Não é um curso que se limita às redes sociais. É claro que vai discutir as ferramentas da web, mas vai além: quer discutir também as estratégias por trás do uso das redes sociais”, diz Tiago Mattos, sócio-diretor da Perestroika.

Serviço:

iDigo: http://www.idigo.com.br/
Lemon: http://www.lemonschool.com.br/
A Missa: http://www.amissa.com.br/

da Gazeta do Povo

Redes sociais popularizam novo dicionário

14 de ago. de 2010

A cantora americana Stefani Joanne Angelina Germanotta já virou sensação pop, escândalo, símbolo de bizarrice e diva gay. Agora, Lady Gaga também é uma expressão popular. O grito “Uh, Lady Gaga!” não tem significado preciso. É uma interjeição usada para fazer humor. Também é um dos símbolos de um novo vocabulário que saiu do mundo dos gays, das lésbicas e simpatizantes e se disseminou entre os falantes em geral. As gírias se espalharam pela internet, por blogs e redes sociais. A TV também contribuiu, com programas de humor e reality shows. Por esses canais, expressões antes restritas à comunidade gay estão ficando populares entre os héteros. E novas gírias são inventadas. “Dois anos atrás, as pessoas imitavam mais o jeito gay por humor. Hoje estão usando as expressões”, diz Thiago Pereira, de 28 anos, estudante de biblioteconomia, um hétero que convive com amigos gays.


As gírias que se espalham pela internet podem ter sido popularizadas por blogs, redes sociais e também pela televisão. A personagem Katylene, criada por Daniel Carvalho, é uma das responsáveis por disseminar o vocabulário gay na rede. Seu perfil no Twitter tem quase 40 mil seguidores. No blog de Katylene quase todas as palavras são escritas de jeito diferente. Na televisão, dois participantes do reality show Big Brother 10 eram gays. Um deles, o maquiador Dicésar, popularizou o “adogo!” (versão de “adoro”). Dois humoristas do programa Pânico na TV! imitam gente como Dicésar. As expressões “aloka” e “Uh, Lady Gaga!” ficaram famosas por causa deles.

O impacto dessas novas expressões na língua portuguesa mudou. Antes, sem a grande força da internet, a maior parte das brincadeiras se limitava à fala. A linguagem popular sempre foi fluida, sujeita a modismos, que podem ser geograficamente localizados e desaparecer com o tempo. A internet mudou isso. As expressões são registradas nos blogs e nas redes sociais. Isso tem duas consequências. A primeira é o registro escrito no jeito de falar. São maneiras diferentes de escrever as palavras, simulando um jeito de falar afetado, entendido como gay. O segundo efeito da internet é dar permanência às novas expressões. Com o registro na rede, há chance de essas palavras virarem mais do que uma moda passageira. Algumas expressões podem se incorporar de forma mais definitiva ao vocabulário geral dos brasileiros. Uh, Lady Gaga!
 
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da Época

E-book: oportunidade para reinvenção de editoras

12 de ago. de 2010

O livro digital é como o gás encanado. O produto é idêntico ao que chega pelo botijão — mas você só precisa abrir o registro para usá-lo. A comparação é de Zeca Fonseca, autor que publicou eletronicamente seu primeiro livro, “O Adorador”, e só depois recorreu ao papel para divulgar sua obra. Para ele, os e-books vieram para difundir todo o conhecimento criado pelas pessoas, mas de forma mais rápida.


Mike Shatzkin, fundador e CEO da The Idea Logical Company, que presta serviços de consultoria sobre toda a cadeia produtiva do livro, acredita em uma mudança de hábitos dos leitores e prevê que os livros digitais superarão em poucas décadas, em quantidade e em preferência, seus primos impressos. Ele falou, nesta semana, sobre o futuro do livro no Fórum Internacional do Livro Digital, evento apresentado antes do início da Bienal do Livro de São Paulo (que acontece entre os dias 12 e 22 no Anhembi).

Só nos EUA, o mercado editorial eletrônico mais que duplica a cada ano. A Amazon, por exemplo, já experimenta os efeitos dessa migração: em um ano, a venda dos mais de 630 mil títulos de e-books representaram um crescimento de 200%, superando a de livros de papel.

Pessimistas preveem o fim das editoras, mas a maioria dos especialistas acha que esse é o momento certo para elas se reinventarem. O americano Mark Coker aposta em um modelo de publicação digital baseado na autonomia dos autores e na interatividade entre leitores. Em 2009, criou a plataforma Smashwords, que hoje já conta com mais de 6.500 autores profissionais e centenas de independentes.

Funciona assim: o autor formata seu livro de acordo com um manual disponível no site e sobe o arquivo de Word no Smashwords. O site converte-o para o formato certo dos livros digitais e disponibiliza nas maiores lojas de e-books, como Kindle Store, iBooks, Sony Reader Store e Barnes & Noble. Quem determina o preço é o próprio autor, que fica com 85% da receita gerada pelas vendas (menos as taxas cobradas pelo serviço de pagamento online), contra o máximo de 25% pagos pelas grandes editoras americanas.

Esse é um modelo em que autores independentes têm mais facilidade para lançar seus livros no mercado, sem que precisem passar pelo crivo das editoras. Coker diz que não considera justo um editor julgar a obra de alguém e decidir quanto ela vale levando em conta seu potencial de venda. Para ele, o autor deve ter o direito de decidir como seu livro será oferecido aos leitores. “Todos têm o direito de publicar um livro, de fazer parte da literatura”, diz.

O risco da pirataria é superestimado, segundo Coker. Sim, no ambiente digital é mais fácil copiar livros e deixar de pagar direitos autorais. Mas o criador do Smashwords crê que os leitores estão dispostos a pagar para ler eletronicamente e que travar um arquivo — como faz a maioria das revendedoras de e-books, com o DRM — é tratar o leitor como um criminoso.
 
do Jornal do Estado

Virada Cultural curitibana terá Pato Fu, entre outros

O prefeito Luciano Ducci aprovou ontem pela manhã o projeto Virada Cultural, que acontece em Curitiba no dia 6 de novembro. Proposto pela vereadora Renata Bueno (PPS), com a colaboração do vereador Caíque Ferrante (PRP), o evento, realizado em parceria com a Fundação Cultural de Curitiba (FCC), traz Paulinho da Viola e Pato Fu como principais atrações e tem a intenção de movimentar culturalmente a cidade por sete dias. Além da virada propriamente dita – do meio-dia do dia 6 ao meio-dia do dia 7 –, um “rabicho”, como está sendo chamado, levará atrações culturais a bares e espaços diversos durante a semana seguinte.


Banda mineira Pato Fu, que recentemente lançou o disco Música de Brinquedo, é uma das atrações nacionais do evento que pretende sacudir Curitiba por pelo menos uma semana

“Vamos ter 33 artistas, bandas e orquestras pra todo gosto, como Paulinho da Viola, Pato Fu, Arrigo Barnabé, Hermeto Pascoal.Vai ser uma grande festa”, escreveu o prefeito em sua página do serviço de microblog Twitter.
 
A ideia, explica a vereadora, é inspirada nas chamadas “Noites Brancas”, eventos que agitam grandes cidades europeias com shows gratuitos em espaços públicos. “Frequentei esses eventos quando morei na Itália e trouxe essa proposta para cá. Entrei em contato com a Fundação Cultural e vi que eles também pensavam em algo assim. Então unimos o útil ao agradável”, diz. Uma pseudovirada cultural aconteceu no dia 8 de maio deste ano, quando a FCC realizou o Curitiba 12 Horas e levou bandas – Os Mutantes entre elas – ao Bairro Novo e ao Cajuru. Na ocasião, cerca de 2.500 pessoas prestigiaram a apresentação da antigo grupo de Rita Lee no Parque do Semeador. Uma semana antes de a Virada Cultural curitibana acontecer de fato, uma “prévia” terá lugar nas nove regionais de Curitiba “para preparar a população”, como explica a vereadora.


Renata Bueno destinou verba de R$ 450 mil, do seu orçamento anual, para a realização do projeto. O vereador Caique Ferrante irá contribuir com R$ 50 mil. O Fundo Municipal de Cultura e outros apoiadores irão completar o orçamento, previsto em R$ 1,25 milhão.

Palcos

A Virada Cultural curitibana terá dois palcos principais, no Centro da cidade. O Paço da Liberdade e as Ruínas do São Francisco concentrarão o maior número de atrações, enquanto 33 espaços, públicos e privados, já selecionados por editais, abrigarão outros eventos de diversas áreas artísticas. “Cada local montou sua programação. Haverá atrações em lugares diversos, mas principalmente no centro da cidade”, explica Renata.

Caíque Ferrante reforça a ideia de “sacudir” Curitiba tendo a cultura como carro-chefe. “Nossa cidade sempre foi culturalmente rica. Nossa intenção é que isso se intensifique com o evento que, ao contrário do que ocorre em São Paulo, irá prosseguir por mais uma semana”, diz o vereador, que confessa não ser otimista em relação ao público participante. “É a primeira vez. Por isso mesmo estamos propondo essa ‘pré-virada’”, diz Fer rante. A primeira Vi ra da Cul tural de São Paulo, em 2005, levou cerca de 20 mil pessoas às ruas da capital paulista. A edição do ano passado contou com 400 mil participantes.
 
Know-how
Experiência de São Paulo como suporte

Quem participou das conversas e discussões anteriores à aprovação da Virada Cultural que acontece em Curitiba em novembro, foi Zé Mauro, diretor executivo da Virada Cultural paulistana. “Ele nos deu suporte. Tivemos várias conversas e reuniões para chegar a um melhor formato para o evento na cidade”, conta a vereadora Renata Bueno (PPS).

Um dos pontos mais discutidos foi a questão da violência, que tende a aumentar quando há aglomeração de pessoas. Ano passado, em São Paulo, um jovem foi morto a facadas durante a Virada Cultural. “Ele deixou claro que é necessário uma organização para prever incidentes, mas também provou que nos dias de Virada, o número de ocorrências diminui muito”, diz a vereadora. “A nossa preocupação principal é que as famílias curitibanas possam sair às ruas sem preocupação”. (CC)
 
Em números
De onde vem o dinheiro

R$ 1,25 milhão é o orçamento total previsto para a Virada Cultural em Curitiba

R$ 450 mil foi a verba destinada pela vereadora Renata Bueno (PPS). O valor é referente ao orçamento de 2009 e provém da LOA (Lei Orçamentária Anual).

R$ 50 mil foi a verba destinada pelo vereador Caíque Ferrante (PRP)

FCC e outras entidades como o Sesi complementam o orçamento
 
da Gazeta do Povo

Brasileiro leu mais livros e pagou menos por eles em 2009, diz pesquisa

11 de ago. de 2010

Número de exemplares publicados foi 13,5% superior ao de 2008 e o preço médio às livrarias ficou 3,56% abaixo da média registrada naquele ano, baixando de R$ 11,52 para R$ 11,11

O brasileiro leu mais livros gastando menos em 2009, mesmo com a crise financeira mundial que afetou praticamente todos os setores econômicos a partir do final de 2008. É o que aponta a Pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial divulgada nesta terça-feira (10), que revela que o número de exemplares publicados no ano passado foi 13,5% superior ao de 2008. As opções, no entanto, não variaram tanto, já que o número de títulos disponíveis aumentou apenas 2,7%.


Realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) da Universidade de São Paulo (USP), a pedido da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do Sindicato Nacional de Editores de Livros, o estudo apurou que, no ano passado, o preço médio dos livros vendidos pelas editoras às livrarias ficou 3,56% abaixo da média registrada em 2008, baixando de R$ 11,52 para R$ 11,11.

Segundo a presidente da CBL, Rosely Boschini, o aumento do número de exemplares vendidos e a suspensão da cobrança do PIS/Cofins, desde 2004, tem sido os principais fatores para os preços caírem nos últimos seis anos.

"Esse crescimento mostra que o mercado editorial brasileiro está maduro", comemorou Rosely, destacando o resultado relativo às vendas do segmento infantil, cujas obras responderam por 7,4% da produção, ou seja, por pouco mais de 28 mil do total de 386 mil exemplares produzidos.

Se somado à participação da literatura juvenil (6,9%), os livros voltados às crianças e aos adolescentes ocupariam o segundo lugar da produção por área temática, atrás apenas dos livros didáticos, que atingem 47,5% da produção.

"Isso demonstra que os jovens e as crianças estão lendo mais. E se o mercado editorial está publicando e vendendo mais para estes dois públicos, o futuro do livro está garantido", comentou Rosely.

Para ela, o mercado ainda tem muito espaço para se expandir, pois o brasileiro ainda lê pouco, mesmo com o número de livros consumidos anualmente por cada brasileiro tendo saltado da média de 1,8, em 2000, para os atuais 4,7.
 
da Abril

Marcas famosas vão ficar só na lembrança

9 de ago. de 2010

A onda de fusões e aquisições de empresas no Brasil está tendo um efeito perverso: marcas que fizeram parte do cotidiano dos brasileiros por décadas estão com os dias contados, mostra reportagem de Bruno Rosa, publicada pelo GLOBO neste domingo. O Unibanco, que se uniu ao Itaú, vai desaparecer das ruas até novembro. O Banco Real, do Grupo Santander, não chega ao fim de 2011, assim como as Sendas, que começaram a ser substituídas por Extra semana passada num investimento de R$ 10 milhões.


A tendência, segundo especialistas, é que mais marcas desapareçam em breve. Na lista, nomes como Vivo, Embratel e Ponto Frio podem ter seu futuro contado apenas nos livros de marketing e na memória dos consumidores. Levantamento feito pelo GLOBO mostra que, das 250 maiores empresas em 2000, 17 nomes viraram pó, como Vasp, Gradiente, Rio Sul Linhas Aéreas e Sé Supermercados, adquirida pelo Pão de Açúcar.

Em geral, uma marca é aposentada de forma gradual, dizem publicitários. Isso é feito para que a companhia tenha tempo de transferir valores e manter a ligação emocional com os consumidores. Pesquisas indicam que após uma fusão ou aquisição só uma marca sobrevive - caso da Brasil Telecom (BrT), comprada pela Oi (ex-Telemar), em 2009. Em São Paulo, a rede de academias Fórmula passará a se chamar A! Body Tech.

De acordo com estudo da consultoria Brand Finance, as 100 marcas mais valiosas do Brasil valem hoje R$ 273,2 bilhões. O número, embalado pelo crescimento da economia, é 22,3% maior em relação a 2009. Se somar o valor das marcas BrT, Unibanco e Real, haverá uma perda de R$ 9 bilhões.

- Com a forte competição, não há como administrar dois custos e duas estratégias. Sai muito caro. Não compensa. Por isso, as marcas estão acabando, apesar de terem seu valor - explica o publicitário Armando Strozemberg, presidente da Euro RSCG Contemporânea.

No setor de telefonia, muitas mudanças à vista. Com a compra da parte da Portugal Telecom (PT) na Vivo por 7,5 bilhões, a Telefónica, que passa a controlar sozinha a empresa, vai mudar o nome da Vivo para Movistar, segundo uma fonte na companhia. Apesar de ainda não estar nada decidido, diz a Telefónica, há quem garanta que a alteração será feita em até dois anos.
 
de O Globo

Cancelar serviço lidera queixa de consumidores, diz pesquisa

4 de ago. de 2010

A dificuldade em cancelar serviços continua provocando dor de cabeça ao consumidor, segundo apontam dados do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça divulgados ontem. Eles revelam que os empecilhos nessa área ganharam espaço no total de reclamações feitas pelos clientes aos Serviços de Atendimento ao Consumidor (SACs) dos Procons. De acordo com o levantamento, esse tipo de reclamação representou 34,21% do total no primeiro semestre deste ano. No mesmo período de 2009, a fatia correspondia a 29,33%.


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“Isso é muito preocupante, principalmente porque o aumento de reclamações se deu no setor financeiro”, afirmou a diretora substituta do DPDC, Juliana Pereira, por meio de nota à imprensa. As informações dos SACs foram consolidadas pelo Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec). O levantamento leva em conta as reclamações registradas 18 meses após a entrada em vigor do Decreto 6.523, de 31 de julho de 2008, que regulamenta o serviço prestado aos clientes por meio dos call centers.

Os dados do Ministério da Justiça mostram que os números relacionados aos cartões de crédito respondiam por 19,40% do total de reclamações referentes aos SACs da primeira metade do ano passado e agora são responsáveis por 21,13% das reclamações. Os bancos comerciais também tiveram alta no porcentual de reclamações, passando de 7,55% do total de demandas do primeiro semestre de 2009 para 11,24% das registradas no primeiro semestre de 2010.

De acordo com o levantamento, o acesso ao serviço apresenta melhora. Problemas no menu, indisponibilidade, inacessibilidade dos deficientes e onerosidade deixaram de ser os principais obstáculos do consumidor, segundo nota do DPDC. O acesso correspondia a 34,49% do total de reclamações no primeiro semestre de 2009, mas caiu para 29,45% no mesmo período de 2010.

Já os SACs das operadoras de telefonia móvel e telefonia fixa, a despeito de permanecerem entre os serviços mais reclamados, apresentaram uma melhora nos índices. No primeiro semestre de 2009, a telefonia celular foi responsável por 28,57% das reclamações. Hoje este porcentual é de 26,66%. Nas empresas de telefonia fixa, a queda foi de 27,66%, para 20,29%. Houve melhorias também nos SACs das empresas de transporte aéreo (0,90% para 0,35%).

Desde a entrada em vigor do Decreto 6.523/2008, o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor realizou ações para garantir a efetividade das novas regras. Juntos, DPDC e Procons aplicaram cerca de R$ 54 milhões em multas pelo descumprimento às regras fixadas e propuseram duas ações coletivas que estão em andamento no Judiciário. O valor do pedido de indenização é de R$ 300 milhões cada. “O Sistema Nacional de Defesa do Consumidor entende que os fornecedores devem garantir o acesso dos consumidores e a resolução rápida das suas demandas através do SAC, uma vez que cada dia mais esse é o principal canal utilizado pelo mercado. Gestão de qualidade e eficiência do SAC é investir em solução e diminuir os custos causados por conflitos”, diz a diretora do departamento.
 
do Jornal do Estado

Novo disco do Pato Fu: “Foi uma grande brincadeira que deu trabalho”

Além da criatividade inerente e da despretensão calculada, os mineiros do Pato Fu sempre tiveram um pezinho no jardim de infância. Pois a banda que fez fãs decorarem, por exemplo, “Nin gemwa imamade osoroshimeni attekita/ Atsui genbakuo hitoride uketa Nippon”, em “Made In Japan”, música do disco Isopor (1999), dois anos depois saia-se com o som de um pianinho de brinquedo, desafinado que só ele, em “Tolices”, canção presente no álbum Ruído Rosa. Isso além de trilhas sonoras compostas para, por exemplo, o seriado infantil Sítio do Picapau Amarelo.



Música de Brinquedo (Roto music), nono álbum de estúdio de Fernanda Takai, John Ulhoa, Ricardo Hoctus, Xande Tamietti e Lulu Camargo, é a aceitação espontânea de uma brincadeira que sempre esteve nos planos da banda. “Pensávamos nisso há muito tempo. Não sabemos como as pessoas vão receber o álbum, mas quem conhece o Pato Fu deve achar que esse disco marca o complemento de uma etapa”, explica a singelíssima Fernanda Takai.

Não há muito segredo. Música de Brinquedo é um disco de 12 covers de músicas nacionais e internacionais conhecidas e cantaroláveis. A novidade está nos arranjos, criados com instrumentos de brinquedo, e na participação de três crianças de seis anos nos vocais. “Foi uma grande brincadeira que deu trabalho”, resume a vocalista.

Então imagine o tecladista Lulu “com sua mão peluda tocando um piano de brinquedo”. Ou um “instrumento” limitado que não alcança determinada nota. Mais: a utilização de um antigo Genius – tradicional brinquedo eletrônico da década de 1980 – como um saxofone barítono, kazoos e apitos emulando uma “metaleira” e, claro, caixinhas de música a dar e vender. “Adoramos a brincadeira de ficar apertando, criando, rindo”, conta Fernanda.

O repertório escolhido privilegia claramente canções de refrões marcantes. Todas são dignas de citação. A docinha “Primavera (Vai Chuva)”, música de Cassiano sucesso na voz de Tim Maia; a suingadinha “Soní fera Ilha”, dos Titãs; a delicadinha “Rock and Roll Lullaby”, de Bary Mann e Cynthia Weil; a eletronicazinha “Frevo Mulher”, de Zé Ramalho – nesta música, um drawdio, espécie de lápis com minicircuito de theremin acoplado é tocado por John Ulhoa; a ruralzinha “Ovelha Negra”, de Rita Lee; a debochadinha “Todos Estão Surdos”, de Roberto e Erasmo Carlos; a roqueirazinha “Live and Let Die”, de Paul e Linda McCartney; a bregazinha “Pelo Interfone”, de Ritchie; a japonesinha “Twiggy Twiggy”, do grupo Pizzicato Five; a romanticazinha “My Girl”, de Smokey Robinson e Ronald White; “Ska”, dos Paralamas do Sucesso, e por fim a canção de ninar “Love Me Tender”, de Elvis Presley.

Além do arranjo “lúdico”, que não descaracteriza as músicas, nem (ainda bem) a própria banda, em todas as faixas Nina Takai (filha de Fernanda e John), Matheus D’Alessandro, colega de escola de Nina, e Mariana Devin, filha de um casal de amigos, cantam, pintam e bordam. “Gravamos as crianças em dois dias, foi rapidinho. Queríamos coisas fáceis, que não precisassem ficar superafinadas para que a naturalidade não se perdesse”, diz Fer nanda. Surpreenda-se também com as perguntas sobre a comida preferida das crianças e inserções vocais não muito ensaiadas, e por isso mesmo interessantes.

O show de estreia do novo disco, no próximo sábado, no Rio de Janeiro, será todo feito com instrumentos de brinquedos, embora o minicoral tenha ficado de fora. “Vamos resolver isso com uma surpresa”, revela a vocalista. Mais uma.
 
da Gazeta do Povo

Eles vão além do hidratante

2 de ago. de 2010

Indiferentes ao rótulo de metrossexuais, homens assumem que querem se cuidar, mas de forma prática e não pegajosa. E a indústria de cosméticos se empenha em lançar produtos voltados para eles.

Há quem diga que a culpa é do concorrido mercado de trabalho. Outros apostam que a causa de tanta vaidade é a crescente exigência feminina. O fato é que, mais do que nunca, membros do clube do bolinha têm procurado lojas de cosméticos em busca de algum elixir da aparência jovem.


Aos 24 anos, o modelo e surfista Kayo Grakhoe sabe muito bem como cuidar do corpo, da mente e das linhas de expressão que ainda nem sonham em aparecer. Precavido, o moço procura sair de casa sempre com filtro solar, mas não para por aí. “Eu uso um hidratante para o rosto e outro para o corpo. A profissão de modelo pede que tenhamos a pele sempre boa e saudável.”

Mas a busca por uma boa aparência não é exclusividade de quem está na frente das câmeras, segundo André Abreu, gerente de produto para o público masculino da Natura. “Hoje, em qualquer área, a concorrência no mercado de trabalho faz com que os homens sejam chamados a cuidar da aparência. Se preocupar com a qualidade de vida e parecer saudável e bem cuidado se tornou um valor dentro das empresas, ao ponto de que a boa aparência é um fator que contribui para o desenvolvimento profissional”, diz. Abreu explica que, diferentemente da maioria das mulheres, o homem quer ter a idade que tem, mas quer ser visto como bem cuidado e conservado para a sua idade.
 
O creme hidratante já faz parte do dia a dia de Kayo (foto anterior). Ao lado, Amilton disputa o espelho com a mulher Maria Tereza na hora de aplicar o antissinais
A hora certa


De acordo com a dermatologista Mariana Panzardi, a pele deve receber os primeiros cuidados contra o envelhecimento por volta dos 25 anos, mas é com 35 que os homens costumam começar a se preocupar. As rugas e cicatrizes de acne são as principais queixas. “Eles podem usar o mesmo produto que as mulheres, pois a constituição anatômica da pele é a mesma. A diferença está na oleosidade, que neles é maior, e no barbear, que é como uma esfoliação”, afirma.

Parte da rotina

Depois de um dia cansativo, é chegada a hora de um bom banho, uma boa refeição e uma caprichada porção de anti-idade no rosto. Pelo menos para o projetista Amilton M. C. Gonzáles Borges, 45 anos, que há dez descobriu os efeitos de um creme poderoso. “Dá um ‘up’ nos olhos”, revela.

O tal anti-idade que ele usa vem do pote igual ao da sua esposa e ele diz não se importar com a cor da embalagem ou para seu design delicado. “Não é rosa, é mais um salmão”, brinca. Mas Amilton aponta um defeitinho no seu produto companheiro: “Eu não gosto de ficar besuntado quando passo, por isso uso só antes de ir dormir.”

De olho nas necessidades de Amilton e do crescente número de homens que têm aceitado um item a mais ao lado do espelho, grandes marcas começam a investir em produtos feitos especialmente para os “homens com H.”

De acordo com Vanessa Santos Schroeder, gerente da categoria de Cuidados Pessoais do Boticário, uma das maiores preocupações dos homens em relação aos cremes de tratamento tem a ver com o aspecto da pele. “A pele deles costuma ser mais oleosa, então uma das reclamações maiores é com a questão do brilho”, afirma. A dermatologista Mariana Panzardi confirma. “Como eles não querem ter a sensação de pele engordurada, acabam optando por produtos menos oleosos ou de uso noturno, que pode ser lavado pela manhã.”

Segundo Mariana, para minimizar as chances de sofrer com efeitos colaterais, manchas ou alergias, o ideal é buscar a indicação de um dermatologista, e escolher o produto de acordo com o seu tipo de pele. “Existem os produtos industrializados e os que podem ser manipulados. Enquanto o industrializado tem a vantagem de ter estabilidade e validade maiores, os manipulados, por serem personalizados, podem atender melhor uma pele que tem alguma particularidade”, explica.
 
da Gazeta do Povo

Internet amplia capacidade de pensar da chamada “geração digital”

Em 1993, quando Don Tapscott co meçou a estudar o impacto da in ternet no comportamento dos jovens, a rede ainda era um lugar de “geeks, radicais e visionários”, como ele mesmo diz. Mas naquela época, seu filho Alex, então com 7 anos, mostrava um conhecimento invejável do meio digital e havia deixado as cartas de lado: mandara um e-mail para o Papai Noel. Um pro dígio, achou o pai – até descobrir que, na sua escola, Alex era a regra e não a exceção. “Foi aí que vi que um fenômeno diferente estava acontecendo com aquelas crianças.”


A curiosidade o fez explorar o te ma em Geração Digital (ed. Ma kron, 1996), uma das primeiras obras sobre como a internet estava al terando a maneira de pensar da queles que cresciam junto dela. “A juventude de hoje é a primeira a nascer banhada em bits, ou cercada de tecnologias digitais. Hoje, eles são adolescentes ou jovens en tre os 14 e os 32 anos, que passam grande parte do tempo na internet. Isso influencia todas as facetas de suas vidas – o local de trabalho, a escola, a família. Pelo mundo todo, essas pessoas estão mudando as relações de trabalho, o mercado e praticamente qualquer outro nicho da sociedade”, diz.

Com a web 2.0, o salto foi ainda maior. Em A Hora da Geração Digital (Ed. Agir. R$ 69,90), recém lançado no Brasil, Tapscott argumenta que, agora adultos, eles levarão a lógica colaborativa da web a uma nova etapa. Para descobrir como nativo digital pensa, o autor realizou uma pesquisa de US$ 4 milhões com a nGenera (sua empresa de identificação de tendências), entrevistando mais de 10 mil jovens em 12 países.

“A colaboração em massa está apenas começando. Empresas podem projetar e montar produtos com seus clientes. Cientistas e médicos podem reinventar a ciência em código aberto, oferecendo seus dados e métodos para que todo interessado no mundo possa ajudar no processo de descoberta. Mesmo os governos podem envolver-se, transformando a prestação de serviços públicos e envolvendo os cidadãos na criação de leis e de políticas públicas”, acredita.

Mas será mesmo que uma mídia pode mudar tanto as pessoas e, assim, a sociedade? Fruto da geração Baby Boom (nascidos no pós-Segunda Guerra Mundial, nos EUA), Tapscott cresceu com pais que viam 22 horas semanais de tevê e criaram filhos que ficam de oito a 33 horas conectados. Para ele, a mudança de comportamento veio em decorrência da transição de plataforma.

A tevê é um meio de transmissão passivo. Já a internet convida a colaborar, participar, criticar. “Eles estão abandonando a televisão e sua comunicação unilateral, em busca de uma comunicação dinâmica. Sentar calado na frente de um aparelho – ou de um professor – não tem mais apelo”, diz. Isso porque eles pensam de ma neira diferente. “Eles aprendem mais com experiências não sequenciais, interativas, dessincronizadas, multimidiáticas e colaborativas”, diz o professor da Universidade de Toronto.

Nos últimos 20 anos, neurocientistas encontraram evidências de que o cérebro muda e evolui ao longo da vida. Ele é es pecialmente adaptável a in fluências externas nos primeiros três anos de vida, durante a adolescência e nos primeiros anos de vida adulta. Justamente quando aqueles que ele chama de Geração Digital se engajaram na nova mídia.

Para Tapscott, a plataforma fragmentária não os deixou mais burros ou superficiais. Muito pelo contrário. Ele acredita que a web moldou suas mentes ampliando a capacidade de pensar. Amparando-se em dados que mostram que desde 1978 as pontuações de testes de QI vêm aumentando, Tapscott acredita que quem nasceu digital tem mais capacidade de mudar de foco e até de julgar se uma informação é ou não confiável. “Crescer com a internet mudou a forma como a mente funciona. Acostuma dos ao multitarefa, eles aprenderam a lidar com a sobrecarga de informação. As tecnologias digitais e o desenvolvimento in telectual caminham lado a lado”.
 
Jovens estão suscetíveis aos riscos da web
 
Uma pesquisa feita ao longo dos dois últimos anos pelo Labora tório de Estudos em Ética nos Meios Eletrônicos (Leeme), da Universidade Mackenzie, revelou que jovens e crianças não estão preparados para utilizar a internet. O estudo foi feito com 2.039 adolescentes de 11 a 18 anos, em escolas públicas e privadas. De acordo com os pesquisadores, eles se mostraram totalmente suscetíveis aos diversos problemas que ocorrem em função do uso indiscriminado da rede mundial de computadores.


Para esses adolescentes, por se tratar de um universo virtual, a internet traz a falsa sensação de anonimato e impunidade, diz a pesquisa. Isso faz com que eles estejam expostos à pornografia e pedofilia, à divulgação indevida da imagem e dados pessoais, à divulgação de boatos, ou mesmo a usos que estimulam a violência.

Um dos problemas mais sérios é a falta responsabilidade no controle do uso da ferramenta eletrônica. “A maior parte dos entrevistados utiliza a internet sem ne nhum adulto por perto, sem ne nhum controle ou monitoração”, afirma a coordenadora do gru po, Solange Palma Barros, que também identificou que este uso é feito, em sua maioria, dentro do próprio quarto do jovem.
 
da Gazeta do Povo
 

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