Clockwork Comunicação

Twitter

O que é o clipping?

blog Pausa Dramática

Shopping Barigui abre 250 Vagas de Emprego Temporário

19 de out. de 2010

A temporada de contratações para as vendas de final de ano já começou. Esta é uma excelente época para quem procura voltar ao mercado ou conseguir o primeiro emprego.

O Shopping Barigui, em Curitiba, abre processo seletivo para a contratação de 250 trabalhadores temporários. No momento, 10 lojas estão com vagas em aberto e há oportunidades para vendedor, estoquista, atendente, operador de caixa e outras funções.

Para se candidatar a uma das vagas, basta acessar a área “Trabalhe Conosco” no site do shopping e conferir os estabelecimentos que estão contratando. Cada uma das lojas com vagas em aberto disponibiliza um e-mail para o envio de currículos, bem como as datas e horários de seleção.

Surpresa depois do final

15 de out. de 2010

Rubens Ewald Fillho

Cada vez fico mais surpreso e aborrecido com as pessoas que saem correndo do cinema e nem conferem os letreiros, que têm muita importância como trilha musical e informação.
É como se a poltrona fosse ejetável e os expulsasse dali. Deveriam fazer isso com os que ficam mexendo no celular o tempo todo.
Azar o deles, já que muitas vezes perdem até o melhor do filme: piadas, informações relevantes, cenas que não deram certo (às vezes bem engraçadas) ou dicas para a continuação, e assim por diante.
Este especial quer recordar alguns desses pós-filmes e convidar vocês a procurá-los em DVD. Não esqueçam que os piratas, ainda mais os rodados em sala, não os têm.
Vida de Inseto (A Bug's Life, 98)
O segundo longa da Pixar e já estourando de criatividade. É a minha sequência favorita destes pós-filmes, quando eles mostram como gags algumas cenas que não teriam dado certo. Logicamente, como são animação - desenho - isso não poderia ter acontecido e justamente essa é a maior piada. E as piadas são inspiradas e, naturalmente depois inspiraram vários imitadores.
Maluca Paixão (All About Steve, 2009)
Em 2009, o fracasso de Sandra Bullock, que lhe deu um Prêmio Framboesa de Ouro como Pior Atriz, é menos ruim do que diziam. Após toda aquela confusão que Mary (Sandra Bullock) faz por Steve, depois dos créditos, o repórter rival de Hartman Hughes (Thomas Haden Church) chamado Vasquez (Jason Jones), comete o mesmo “ato heroico” de Hughes: pula no buraco de vários metros para atrair a atenção da mídia.
Kill Bill - Vol. 2 (Kill Bill: Vol. 2, 2004)
O filme tem cenas durante e após os créditos finais. Nos letreiros, exibe Uma Thurman dirigindo seu carro e, no momento em que os outros atores são creditados, aparece um risco em cima dos que morreram, mas, no momento do nome de Daryl Hannah, eis que surge o sinal de interrogação (?): será que ela morreu?
E após os créditos, há uma pequena cena de bastidores: ela mostra apenas Uma Thurman arrancando o "‘olho" de um dos 88 Loucos e, depois do "corta!", pedindo para fazer outra tomada. Uma brincadeira.

X-Men 3 – O Confronto Final (X-Men 3 – The Last Stand, 2006)
Prof. Xavier realmente morreu? E Magneto realmente perdeu os poderes? Quem viu até o fim sabe as respostas - e com certeza irá se surpreender, mas não irá entender (risos).

Planeta Terror (Planet Terror, 2007)
Após tanto sangue e violência, sobem os créditos. Mas o melhor ficou para ser mostrado - após os letreiros... Tony Block (Rebel Rodriguez) ainda está vivo e sentado na praia.
O Gângster (American Gangster, 2007)

Depois dos créditos finais, uma homenagem ao clássico O Grande Assalto do Trem, dirigido por Edwin S. Porter em 1903, considerado não apenas o primeiro faroeste, mas o primeiro filme narrativo.
Frank Lucas (Denzel Washington) se aproxima da tela – para o espectador - e dá um tiro no meio da lente da câmera encerrando o filme (igual ao daquele longa).
Jogos Mortais 6 (Saw 6, 2009)

Após os créditos finais, vemos a personagem Amanda (Shawnee Smith) olhando por um buraco onde está escondida a pequena Corbett (Niamh Wilson) - aquela garotinha que foi "salva" por Hoffman (Costas Mandylor) no quinto filme. Na cena, Amanda diz para a garotinha "não confiar naquele que irá salvá-la". Uma pista indicando o que já imaginávamos: a menina possivelmente irá ajudar na denúncia de Hoffman.
Apertem os Cintos... O Piloto Sumiu (Airplane!, 1980)

Este deve ter sido o pioneiro nessa moda. Lembram do passageiro do táxi do início do filme? Aquele que o personagem principal (Robert Hays) largou no banco de trás e foi à luta pelo amor da aeromoça (Julie Hagerty). Então, ele ainda está esperando o motorista voltar. Mesmo após todo o desastre do avião.
Máquina Mortífera 3 (Lethal Weapon 3, 1992)
No início do filme, Riggs (Mel Gibson) e Murtaugh (Danny Glover) estão num prédio com uma bomba. Riggs corta o fio errado e o prédio explode. Após os créditos, os policiais estão numa chamada igual a esta.
Antes de saírem da viatura, o prédio já explode e a dupla sai de fininho dizendo: "Estamos velhos demais para isso".
Curtindo a Vida Adoidado (Ferris Bueller’s Day off) 1986

Outro favorito. Durante os créditos, você acompanha o último castigo do perverso diretor Rooney (Jeffrey Jones que há pouco tempo foi preso como pedófilo!), que pega carona no ônibus escolar, com todos os alunos o encarando, todo machucado, e ele se senta ao lado de uma nerd e lê na capa de um caderno: “Save Ferris” ("Salve Ferris").
Acabam os créditos e Ferris Bueller aparece olhando para a tela, dando uma bronca no espectador: “O que vocês ainda estão fazendo aí? Vão para casa!”.
Velocidade Máxima 2 (Speed 2 – Cruise Control, 1997)

Mesmo sendo um fracasso de bilheteria, todos se levantaram (decepcionados ou não) na hora dos créditos quando a câmera se afastou no oceano após o beijo de Sandra Bullock e Jason Patric. Porém, o melhor do filme estava para chegar, nos créditos mesmo: o segundo teste de direção de carro da personagem de Sandra, com o mesmo instrutor que a reprovou na primeira cena do filme.
O Enigma da Pirâmide (Young Sherlock Holmes, 1985)

No fim dos créditos, rola uma breve cena que pouco tem a ver com o filme, mas tem tudo a ver com a mitologia sherlockiana: a origem do professor Moriarty.
Os Produtores (The Producers, 2005)
Durante a primeira metade dos créditos, duas dançarinas de Bloom fazem o número, introduzindo dança em torno de alguns créditos finais, com a cor dos holofotes de I Wanna Be A Producer. Quando os créditos do elenco começam a subir, mostram clipes do filme.
Depois disso, há mais créditos seguidos pelas duas coristas introduzindo a apresentação e indo embora. Os créditos de rolagem para a música There's Nothing Like a Show on Broadway, de Nathan Lane e Matthew Broderick.
Após o término de créditos, membros do elenco realizam o número Goodbye, que é cantado na cortina, agradecendo o público por terem visto o show e pedindo para sair. Há uma participação especial de Mel Brooks com um monte de dançarinas antes de terminar a música, cantando a palavra "get out" e depois diz: "it's over"!
Constantine (Constantine, 2005)

Ao fim dos créditos, Constantine (Keanu Reeves) é mostrado levando seu isqueiro para o túmulo de Chas Kramer (Shia Labeouf, também conhecido aqui Shia Bife!), como forma de prestar uma homenagem. Quando ele dá as costas para a lápide, Chas aparece como um anjo, pega o isqueiro e volta para o céu. Constantine para por um segundo, dá um sorriso e vai embora. Muitos ficaram com raiva por não terem visto essa sequência.
X-Men Origens: Wolverine (X-Men Origins: Wolverine, 2009)
Não contente com apenas uma cena, este filme contém três cenas pós-créditos. Tática para levar as pessoas novamente aos cinemas, o que deixou o público furioso. Uma cena mostraria Logan (Hugh Jackman) chegando ao Japão dando indícios da vindoura continuação. A outra mostraria Stryker (Danny Huston) sendo preso. Por fim, a mais interessante daria continuidade à história de Deadpool (Ryan Reynolds) revelando seu destino.
Coração Satânico (Angel Heart, 1987)
Após descobrir que matou sua própria filha e todas as outras pessoas, Harry Angel (Mickey Rourke), desce do elevador, triste e cheio de culpa. Os créditos acontecem durante essa cena do elevador, dando uma ideia de que Harry estava descendo para o inferno.
Piratas do Caribe – A Maldição do Pérola Negra (Pirates of the Caribbean: The Curse of the Black Pearl, 2003)
Após os créditos finais, o corpo do capitão Barbossa (Geoffrey Rush) é visto - o seu macaco Jack o encontrou. Jack vai até ele e pega as moedas em que havia sangue. O macaco se torna um esqueleto novamente, olha para a tela, sorrindo e gritando. E salta em sua direção.
A Noite dos Mortos Vivos (Night of the Living Dead, 1968)
É durante os créditos, em fotografias, que testemunhamos os soldados recolhendo os corpos dos mortos-vivos. Entre eles o corpo de um humano, morto por acaso. Ao encerrar os créditos, a cena entra em movimento novamente, mostrando uma fogueira queimando todos os cadáveres. Serviu de precursor da atual moda.
Shrek 2 (Shrek 2, 2004)


Só quem ficou mais um pouco no cinema viu o dragão fêmea voltar e conheceu os filhos do Burro.
Se Beber Não Case (The Hangover, 2009)
Durante os créditos é que o público fica sabendo o que essa turma doida fez nesta despedida de solteiro, por meio de uma “testemunha”: a câmera fotográfica. Durante os letreiros, você acompanha as fotos desta inesquecível noitada. Foi a comédia do ano de 2009 nos Estados Unidos.
Homem de Ferro (Iron Man, 2008)

Que tal contratar um ator famoso para aparecer só numa cena depois dos créditos? Isso acontece em Homem de Ferro, quando Samuel L. Jackson aparece em uma cena que soa como propaganda de uma nova franquia que aparecerá nos próximos anos. Já no Iron Man 2 também tem uma ceninha no fim dos créditos, só que ainda mais misteriosa.

Personalizar local de trabalho aumenta produção

5 de out. de 2010

“Sem dúvida passamos muitas horas do dia no trabalho. Por isso mesmo, levamos um pouco da nossa personalidade e da nossa casa para lá”, afirma a consultora em usabilidade Adriana Betiol, que ainda destaca que a nova tendência é valorizar o aspecto emocional no trabalho. “O aspecto emocional tem impacto no cognitivo. Aquele objeto pessoal, uma foto, uma lembrancinha, causa uma reação positiva capaz de afetar a memória e o raciocínio. Trabalhar em uma mesa e cadeira de qualidade também ajuda muito, já que transmite a ideia de que o funcionário é valorizado”.

Mesa de Marcio Nantes, da área de criação da agência digital Redirect: uma pedacinho da casa (foto: Divulgação)
O designer Dari Beck, gerente do Estúdio Flexiv de Design, reforça este conceito e aposta em uma humanização do móvel: “o posto de trabalho é algo mutável. Quando trocam um funcionário de lugar, ele imprime ali a sua personalidade e dá outras funções para um móvel ou um acessório que já estava lá”. A Flexiv é uma empresa paranaense que atua há 25 anos no mercado de móveis para escritório e já conquistou diversos prêmios por suas inovações nessa área.

Lembranças — A tendência de valorizar a personalização veio para ficar e, no escritório, impacta diretamente na produtividade. Adriana Betiol ainda explica que existem três aspectos fundamentais a serem considerados no espaço de trabalho: funcionalidade, usabilidade e o aspecto emocional. Quando os três estão alinhados, o funcionário consegue produzir mais e melhor. Marcio Nantes, que trabalha na área de criação da agência digital Redirect, concorda com o impacto positivo da personalização. Sua mesa conta com bonequinhos de desenho animado e foto da família. Como bom ilustrador, é fã de desenhos animados, quadrinhos e personagens. “Para mim, é super importante poder ter por perto, no meu local de trabalho, elementos que me trazem descontração e diversão e ainda me ajudam a imprimir no meu espaço de trabalho a identidade de quem sou. Do mesmo modo, a foto da família faz da minha mesa uma pequena extensão da minha casa, deixa o meu espaço mais pessoal e ainda serve como um motivador”, explica o ilustrador.
 
do Jornal do Estado

Desenvolvimento em alta no interior e na Capital

28 de set. de 2010

Paraná ocupa o segundo lugar entre as unidades federativas. Curitiba lidera entre as capitais

O Paraná é o segundo estado mais desenvolvido do Brasil pelo terceiro ano consecutivo, aponta a terceira edição do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM). O levantamento, que usa dados de 2007, aponta o crescimento do Paraná nas três áreas analisadas — saúde, educação, emprego e renda. A Capital paranaense aparece em primeiro lugar entre as capitais, ocupando a 47ª posição entre os 100 municípios com maior desenvolvimento.


No ranking dos estados, São Paulo e Paraná são os únicos a registrar alto nível de desenvolvimento. O Paraná lidera em saúde. Em 2007, o IFDM do Paraná era de 0,8244 pontos, um crescimento de 2,1% em relação a 2006 (0,8074). Em 2000, o Paraná era o quarto colocado, com pontuação de 0,6522 — ou seja, o Estado avançou 26,4% em sete anos.

O ranking criado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro tem o objetivo de acompanhar a evolução dos municípios e Estados brasileiros. O Índice que classifica o desenvolvimento humano varia de 0 (pior) a 1 (melhor). Os critérios de análise estabelecem quatro categorias — baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1) desenvolvimento humano.

De acordo com o presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), José Moraes Neto, a evolução obtida pelo Paraná confirma o resultado positivo das políticas públicas voltadas ao desenvolvimento social e inclusão das camadas mais carentes da população.

“Este crescimento se deve aos benefícios do desenvolvimento implantados pelos governos federal e estadual nos últimos anos. O Paraná teve como prioridade a redução dos desequilíbrios estaduais e regionais. Caso essa política se confirmar, o Paraná tem tudo para que nos próximos anos se veja livre dessas chagas sociais que são a miséria e a falta de oportunidade para os paranaenses”, disse Moraes.

Dos 399 municípios do Paraná, 20 possuem alto desenvolvimento humano — sete a mais do que em 2006. Estes 20 municípios concentram 44% da população do Estado. Ao mesmo tempo, o número de municípios com desenvolvimento regular, ou seja, abaixo de 0,6 pontos, diminuiu de 30 para 24. Neles, vivem apenas 2% dos paranaenses.

Com a pontuação obtida por seus municípios em 2007, o Estado conseguiu ampliar a participação dentre os 500 maiores IFDM do ranking nacional. Se, em 2006 eram 39 cidades, em 2007 elas passaram a 46. No mesmo sentido, a capital paranaense melhorou sua colocação e subiu da 75ª colocação nacional para a 47ª. Além de Curitiba, Londrina(63ª), Maringá (67ª) e São José dos Pinhais (89ª) também aparecem bem situadas. O Brasil tem mais de 5 mil municípios.

No ranking municipal de todo o País, em 2007, a liderança coube a Araraquara (SP), com 0,9349 pontos, e o menor índice, a Marajá do Sena (MA), com 0,3394 pontos. Apenas três capitais figuraram entre os 100 primeiros colocados do ranking em 2007, o que mostra a continuidade do processo de interiorização dodesenvolvimento: Curitiba, Vitória e São Paulo, contra quatro em 2006. Belo Horizonte deixou a lista.
 
do Jornal do Estado

'Tuitar' e 'blogar' agora são verbos do Aurélio

27 de set. de 2010

Nova versão do dicionário inclui expressões da internet e palavras do inglês. Expressões populares, como "ricardão" também foram acrescentadas

No ano do centenário de Aurélio Buarque do Holanda, o dicionário que leva o nome do crítico, tradutor e lexicógrafo brasileiro ganha uma nova versão, desta vez mais tecnológica. Agora, verbos como “tuitar” e, “blogar” e verbetes como “e-book” e “tablets” já podem ser encontrados no dicionário.


A 5ª Edição do Aurélio, lançada pela editora Positivo, tem 2.272 páginas e é 6% maior que a anterior. O dicionário traz uma relação das 3.000 palavras mais utilizadas na escrita contemporânea, escolhidas de acervo com mais de 5 milhões de ocorrências.

Além do “internetês”, o novo Aurélio traz também palavras e expressões vindas do inglês, como "bullying", "ecobag", "nerd", "sex-shop" e "test drive", e do francês, como "petit gâteau". Expressões brasileiras muito populares, mas que ainda não haviam sido registradas, como é o caso de "ricardão", "chororô" e "chocólatra", também aparecem na nova versão do dicionário.

A elaboração da nova edição levou seis anos para ser concluída e os trabalhos foram coordenados por Marina Baird Ferreira, viúva de Aurélio, e Margarida dos Anjos, assistente do autor por mais de quatro décadas. Segundo a editora, o objetivo da revisão e ampliação do velho dicionário é abrigar palavras, significados e expressões que refletem a nossa época, além de eliminar dúvidas quanto à definição, uso e grafia.
 
da revista Veja

Corpo fechado - a estética de desenhar o corpo

Âncoras, flores, entre tantos outros desenhos, simbolizavam castas nada valorizadas pela sociedade do início do século passado: marinheiros, prostitutas, presidiários... Com a chegada do peace and love dos anos 60, a tatuagem se tornou pop e foi virando mania.


A estética passou a ter mais relevância que o próprio significado. Tal mudança de pensamento caminha junto com o hábito de alguns em fazer uma tatuagem já pensando na seguinte. Lucas Cordeiro, um dos proprietários do estúdio curitibano Tattoo Classic, diz que, quando uma tatuagem agrada e realmente há uma identificação da pessoa com o desenho, ela geralmente quer fazer a próxima. A compulsão se justifica por esse treino do olhar, em entender a tatuagem como uma obra de arte que não estará em um quadro, mas gravada em um corpo.
 
Após o modismo das estrelinhas no punho e do sucesso do reality show ambientado em um estúdio de tatuagem, paradigmas sobre esta arte corporal têm sido quebrados. Diferente de antes, o tatuado carrega menos estigmas. Até celebridades, cujas personalidades não estão vinculadas à rebeldia (a apresentadora Angélica e a top Gisele Bündchen são exemplos), aderiram à body art.


O universo fantástico que envolve a história da tatuagem despertou na produtora audiovisual Mariana Heller, 28 anos, o desejo de ter inúmeros desenhos cravados à pele. Ela tem os dois braços e as costas inteiramente fechados por tattoos. A primeira veio aos 18 anos: uma caveira com adagas e rosas na parte de trás da coxa. Ela diz que não foi um grito de rebeldia. “Eu gostava de tatuagens e tinha um amigo que era tatuador. Então, fui lá e fiz.”

Thiago Polatti, engenheiro de computação, 28 anos, que há 12 anos cunhou na batata da perna um símbolo de skate, algo que afirmava sua identidade na época, acha que por meio dos desenhos gravados no corpo, a pele se torna um registro de lembranças. Atualmente, é no braço direito que está o que pode se chamar de sua marca registrada: uma composição, no estilo oriental, que para ele retrata a saída da juventude para a vida adulta.

Para muitos, a glamurização e os modismos que passaram a fazer parte do universo da tatuagem tiraram o purismo da atitude do tatuado. “É como se não fosse possível dizer ‘eu fiz uma tattoo porque gostei e ponto’”, afirma Gabriel Ribeiro, tatuador em São Paulo.

Mais uma

Cordeiro e seu sócio Cacau preferem deixar que significados e homenagens sejam incluídos de forma subliminar na tatuagem. “O significado pode ser expresso de uma maneira poética”, diz Cordeiro.

A elaboração de uma tatuagem pode ter como inspiração vários elementos. Referências de livros e pinturas são bastante comuns, mas a música também pode ser uma grande aliada nos momentos de criação. O tatuador Cordeiro leva no braço um yellow submarine. Mesmo não revelando em que se inspirou, é possível imaginar.

Embora hoje a tatuagem seja uma profissão consolidada e fonte rentável para muitos, os tatuadores não gostam de ser vistos apenas como prestadores de serviço. Ribeiro revela que é desagradável não ter liberdade de criação dentro do que foi proposto pela pessoa que será tatuada. Ao mesmo tempo, o cliente precisa ficar satisfeito com o desenho que escolheu. Por isso, antes de optar pelo profissional, é bom conhecer o trabalho dele e se certificar de que o estilo do tatuador combina com o seu.

Algumas pessoas fazem tatuagem por modismo ou para se afirmarem como indivíduo. Para Polatti isso é preocupante. Os tatuadores compartilham da angústia, revelando que o sonho de qualquer profissional de tatuagem são aqueles clientes que realmente entendem o que estão fazendo, que têm referências e tratam a arte com o seu devido valor.

Lenda

Dizem que não dá sorte ter um número par de tatuagens no corpo. A superstição nasceu de uma história fantástica envolvendo o naufrágio de um navio pirata.

Todos que tinham tatuagem em número ímpar teriam morrido. Então, estabeleceu-se a relação do número ímpar com azar. Os tatuadores da época aproveitaram a deixa e passaram a lucrar com aqueles que só tinham uma tatuagem. Com o tempo, a estratégia de marketing teve de mudar. Foi necessário contar que, na verdade, quem havia morrido eram os piratas com tatuagens em números pares. O misticismo se refez, o ciclo continuou e a lenda permanece até hoje.
 
da Gazeta do Povo

Porque o brasileiro sempre paga mais caro

26 de set. de 2010

Imposto é o grande vilão do preço alto dos produtos no Brasil, mas não o único. Sistema financeiro, com juros altos, e economia aquecida também contribuem

Quando a Apple lançou a nova geração de iPods no começo do mês, o site brasileiro da empresa resolveu mostrar ao consumidor o que ele estava pagando de fato pelo produto. Ao lado do valor do Nano 8GB, que custa R$ 597, um asterisco alerta: “Inclui R$ 197 em impostos e taxas”. Foi uma maneira sutil encontrada pela companhia para dizer: “Sim, nossos produtos são caros, mas a culpa é do seu governo”. Proporcionalmente ao valor do produto, a taxa brasileira é gigantesca quando comparada a de outros países. No Brasil, os impostos do iPod equivalem a 33% do produto. Na Inglaterra, a 20%.



A discrepância entre os preços de produto idênticos no Brasil e no exterior poderia ocupar toda esta página. De carros a gasolina e de videogames a roupas, os brasileiros quase sempre pagam mais. O vilão do preço alto é velho conhecido dos contribuintes: os impostos. Ainda que a variável mais determinante para a formação do preço, porém, a tributação não é a única explicação para o fenômeno dos produtos caros no Brasil, segundo especialistas. O sistema financeiro, com altas taxas de juros, e até mesmo a economia aquecida, que diminui a possibilidade de descontos, também podem contribuir para diminuir o poder de compra do brasileiro.

Suponhamos o trajeto de um console de videogame até ele chegar ao consumidor final. Fabricado em Taiwan, o produto sai do país asiático a um custo X. Caso fosse vendido no balcão da fábrica, é razoável supor que o preço seria de X mais a margem de lucro. Como precisa atravessar oceanos, o primeiro adicional no valor é o custo do próprio frete. Chegando ao Brasil, o eletrônico paga uma taxa de importação, segundo tabela da Receita Federal. Somam-se em seguida outros impostos, como Pis, Cofins, IPI e ICMS. No fim da conta, um video-game que chegue custando R$ 500, por exemplo, pagaria algo em torno de 150% de taxas sobre seu valor até alcançar as prateleiras – chegando à cifra de R$ 1,25 mil. O preço do console ainda é acrescido da margem de lucro da fabricante e da margem de lucro do revendedor. O PlayStation 3, da Sony, que foi lançado oficialmente no Brasil apenas no mês passado (com atraso de quatro anos), custa R$ 1.999 em seu modelo mais básico. Nos EUA, ele sai por R$ 513.

Ao todo, segundo a Asso ciação Comercial do Paraná (ACP), há 83 tipos de impostos e taxas que ajudam a formar o preço dos produtos no Brasil – na maioria dos casos, eles respondem pela metade do valor cobrado pelo consumidor, de acordo com a entidade. “A tributação brasileira possui efeito cascata. Temos impostos sobre consumo – ICMS, IPI, PIS e Cofins –, sobre a folha de salários – INSS e FGTS, principalmente – e sobre o lucro – como o Imposto de Renda. Quando o produto chega no consumidor, todas essas taxas já estão embutidas no valor final, contribuindo para o encarecimento do produto”, afirma João Eloi Olenike, presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).

Carros

O setor de automóveis é um bom exemplo de que os impostos não são o único motivo do preço alto. Dois aspectos ligados ao segmento podem ser usados para elucidar a formação do preço. “Quando você compara o carro feito aqui com um fabricado em outro país, como no Japão, é preciso lembrar que as plantas brasileiras não são tecnologicamente tão avançadas quanto lá. Isso quer dizer que o Brasil usa um número maior de funcionários por carro fabricado. Esse custo, claro, tem um impacto no preço final”, diz Olivier Girard, da Macrologística Consultores, especializada em infraestrutura de transportes.

Ele também cita outros dois fatores, ligados ao sistema financeiro do país. “O carro financiado sai bem mais caro aqui, porque se embute uma taxa de juros muito mais alta do que em qualquer lugar no mundo. Há, também, a questão da própria captação de recursos por parte das fabricantes e fornecedoras. Elas também vão ao mercado e pagam taxas altas pelas linhas de financiamento disponíveis. Tudo isso é custo”, afirma.

Girard lembra ainda que a economia aquecida faz com que as concessionárias não apliquem descontos nos preços. “Se você tem dez pessoas dentro da sua loja, você tem opção para quem vender. Se você tiver só uma, vai fazer de tudo para que ela compre o carro.”
 
da Gazeta do Povo

Animações, não mais um programa de criança

24 de set. de 2010

Ótima matéria publicada na revista Where Curitiba de setembro/outubo:
(clique nas fotos para ampliar)






BR Malls compra 40% do Crystal por R$ 60 milhões

16 de set. de 2010

Administradora adquiriu fatia do empresário Aníbal Tacla, e agora comanda três shoppings em Curitiba

A BR Malls Participações anunciou ontem à noite a compra de 40% do shopping Crystal Plaza, em Curitiba. A fatia foi adquirida do principal acionista do empreendimento, o empresário Aníbal Tacla, que é dono do shopping Palladium e tem participação de 45% no centro de compras planejado para parte da área do Jockey Club de Curitiba. Com a saída de Tacla, o Crystal deixa de ter paranaenses em seu quadro societário – assim como a BR Malls, os outros dois sócios do shopping têm sede no Rio de Janeiro. O valor do negócio, de R$ 60 milhões, foi dividido em duas parcelas. A primeira, de R$ 1,5 milhão, foi paga ontem. A segunda, de R$ 58,5 milhões, será quitada daqui a um ano, corrigida pela variação do Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M).


Além de se tornar a principal acionista do Crystal, a BR Malls passa a ser administradora do shop­ping, o terceiro sob sua gestão na cidade. A companhia também é dona de 100% do Estação e tem 35% do Curitiba – que ficam a 1,3 quilômetro e a 400 metros de distância do Crystal, respectivamente.

Segundo comunicado enviado ao mercado, a proximidade dos três shoppings “gerará importantes sinergias operacionais e comerciais para a companhia, uma vez que os três empreendimentos possuem posicionamentos de mercado diferenciados, sendo o Crystal Plaza voltado para o consumidor de classe mais alta, enquanto o Shopping Curitiba é voltado para a classe média alta e o Shopping Estação, para a classe média”. No Crystal, a empresa espera obter lucro operacional líquido de R$ 6,8 milhões em 2011.

Especulações

Inaugurado em novembro de 1996, o Crystal tem 12,3 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL), com 135 lojas e cinco salas de cinema. As especulações sobre a saída de Tacla – que nos últimos meses evitou o assunto em conversas com a imprensa e ontem não foi localizado para comentar a venda – começaram há pelo menos um ano. Inicialmente, os rumores apontavam para a ampliação da fatia de um dos sócios do empreendimento, o grupo Brookfield Brasil Shopping Centers (antigo Brascan), que também vem acelerando sua expansão nos últimos anos. Com o negócio anunciado ontem, no entanto, Brookfield e Ejec Participações, que entraram no Crystal com a compra de ações de fundos de pensão, permanecem com 30% do shopping cada um.

Com a aquisição de 40% do Crystal, a BR Malls passou a ser acionista de 36 shoppings nas cinco regiões do país, dos quais 25 são administrados por ela. Sua ABL própria subiu de 491,1 mil para 496 mil metros quadrados.
 
da Gazeta do Povo

Carro novo vira dor de cabeça

14 de set. de 2010

Delamare quer um carro novo. O atual já deu problema cinco vezes.

Dentre uma infinidade de carros novos disponíveis para compra, a advogada Delamare de Oliveira pagou R$ 42,9 mil por um Agile zero quilômetro e hoje se arrepende. O carro apresentou problemas cinco vezes de junho até agora.

A escolha do veículo foi pela admiração da tecnologia e do design, mas o sonho virou pesadelo. O primeiro problema foi em 5 de julho. A caminho da concessionária Metrosul para fazer o emplacamento, ela percebeu que a temperatura do carro subiu rapidamente. “O carro ferveu e tive que parar em uma avenida movimentada, correndo risco de causar acidente”, garante.

O Agile foi guinchado até a concessionária e lá foram trocadas cinco peças, incluindo o cabeçote do motor e o termostato. Em 20 de agosto, foi a vez da injeção eletrônica apresentar problemas.

O módulo de recalibração foi arrumado mas, de acordo com a advogada, voltou a apresentar defeito no dia 24. Oito dias depois, a peça foi novamente consertada. No momento em que ela saiu da Metrosul, no dia 1.º deste mês, o carro parou de funcionar pela quarta vez.

O motivo era a bateria, que descarregou durante o conserto. Para evitar que Delamare tivesse que aguardar um longo período para a recarga, a peça foi trocada.

No dia 9, o último problema no carro foi indicado pela luz de óleo que acendeu no painel. “Além de todos os defeitos que o carro apresentou, fui chamada para três casos de recall”, lembra.

Segundo Delamare, em todas as situações ela foi orientada a voltar à concessionária caso o veículo apresentasse novos problemas. Ela foi informada de que a troca do carro só poderia ser feita judicialmente.

“Só uso o carro para vir da minha casa, em São José dos Pinhais, até o trabalho no Boqueirão, porque tenho medo de viajar com ele e ficar na mão. Me sinto mais segura em trafegar no Santana 88 do meu avô do que no meu carro”, revela.

O veículo agora está funcionando corretamente, mas com medo de novos defeitos, Delamare garante que procurará o Procon. “Na internet há mais de 150 reclamações do Agile”, garante.

Troca

De acordo com o advogado Gláucio Antônio Pereira, que auxiliou na confecção do Código de Defesa do Consumidor, Delamare tem direito à troca. “A devolução nos termos do Código pode ser feita em até 90 dias e o vendedor tem responsabilidade pelo produto. Porém, como trocaram várias peças do veículo nesse intermédio, ela tem o direito de reivindicar a troca por um carro novo”, afirma.

Não é o que informou o advogado da Metrosul. Pedindo para não ser identificado, ele declarou que, de acordo com o artigo 13 do Código, é a fabricante a responsável pela troca do veículo, apenas se houver algum defeito que não possa ser consertado através da garantia fornecida pela concessionária. A assessoria de imprensa da General Motors já foi informada do fato, mas até o fechamento desta edição não divulgou a posição da empresa.

do Paraná Online
 

2009 ·Clockwork News by TNB