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O que é o clipping?

blog Pausa Dramática

Propaganda de alimento com muito sódio, gordura e açúcar terá alerta

30 de jun. de 2010

Daqui a seis meses, as propagandas de alimentos com altos teores de açúcar, gordura e sódio terão de veicular frases alertando sobre os perigos à saúde que o consumo excessivo dessas substâncias pode causar. A medida está prevista em resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicada nesta terça-feira no "Diário Oficial" da União, que traz novas regras para a publicidade de alimentos.

As frases de alerta deverão ser ditas pelo principal personagem da propaganda, no caso da televisão, ou pelo locutor dela, no rádio. Se o produto tiver muito açúcar, o alerta será para o risco de cárie dentária e obesidade. No caso da gordura saturada, para o risco de diabetes e doenças do coração. No caso da gordura trans, para doença do coração e, no caso de alto teor de sódio, para o coração e para pressão alta.

A resolução da Anvisa é tímida se comparada à proposta submetida pela própria agência a consulta pública em 2006. A proposição original previa uma série de limites à propaganda direcionada ao público infantil, como a proibição do uso de personagens de desenho animado. Também estavam previstas restrições de horário para a publicidade de alimentos com alto teor de açúcar, gordura e sódio ou com poucos nutrientes importantes para a saúde. Esse texto, no entanto, foi suavizado ao ser votado pela diretoria da Anvisa.

Em recentes manifestações sobre o tema, a agência justificou que a resolução que seria publicada nesta terça-feira era a possível diante da atual legislação e lembrou que a o Estatuto da Criança e do Adolescente já limitava a propaganda voltada ao público infantil.


do Jornale e R7

Geolocalização nas redes sociais. Seus amigos querem saber onde você está.

28 de jun. de 2010

Desde o último dia 15, todo mundo pode dizer de onde está twittando sem gastar nenhum dos 140 caracteres para isso. O Twitter anun ciou o Places, serviço que cria um botão embaixo da caixa de texto. Ao clicar, ele inclui sob o tweet o local de onde você escreve. A função estava disponível no Twitter desde 2008, mas só nos EUA. Ago ra, o mundo inteiro pode dizer onde está.

O Twitter só foi mais um a atender à nova demanda de uma web que podemos chamar, nesse momento, de 2.5: em que as pessoas dizem de onde estão postando. O próximo deve ser o Facebook: o fundador, Mark Zuckerberg, avisou na quarta-feira passada que está trabalhando nisso.
 
Foursquare e Gowalla, meninas dos olhos dos investidores norte-americanos no momento, se aproveitaram dessa transição e criaram um jogo cujo ganhador é aquele que frequenta mais lugares legais. O Wordpress atualizou seu aplicativo móvel para incluir geotags nos posts. A versão 10.6 do Opera, lançada também na última semana, permite o uso de uma no va API de geolocalização que se in tegra a outros serviços e detecta, via navegador, a localização do in divíduo sem a necessidade de GPS.


Você está enganado se acha que vai ficar fora dessa só porque não vai baixar nenhum desses aplicativos. Usa iPhone ou An droid para tirar fotos ou twittar? É bem possível que informações georreferenciadas sejam agregadas a esses conteúdos por causa do GPS do seu celular. As principais fabricantes de câmeras fotográficas já lançaram modelos com GPS embutido (veja uma delas na coluna e-novidades, na página 2), e os preços desses aparelhos estão caindo.

Logo mais, tudo o que você fizer na rede vai incluir a informação de onde você fez aquilo. E, mesmo com o poder de escolher não divulgar esses dados, muitas vezes pode ser interessante fazer isso – para você e, principalmente, para os outros.

É que a informação que tem geo tags pode ser organizada por espaço e mixada a outros serviços, como mapas. E se vo cê já vai ao teatro, tira fotos e quando chega em ca sa posta um comentário com as imagens no seu Twitter, no Face book ou em seu blog, se essas informações estiverem associadas ao lugar onde você esteve, quem vir es ses dados terá muito mais facilidade para encontrar o lugar em questão.

“O usuário que perceber o benefício das informações geográficas que os outros produzem e des cobrir como isso enriquece a ex periência de todos acaba se tornando meio altruísta e passa a geor referenciar seu conteúdo”, explica Marcelo Quintella, ge rente de produtos geográficos do Google na América Latina.

Imagine que você queira se mudar para um bairro: você clica no mapa e consulta não só os anúncios de imobiliárias, mas as resenhas dos estabelecimentos próximos e os tweets dos futuros vizinhos, além de ver vídeos e fotos da região. Isso é possível, por que cada vez mais gente conta o que está fa zendo – e onde.
 
da Gazeta do Povo

Beirando os 30 anos, irmãos Hanson lançam oitavo disco de estúdio


Nem parece, mas faz já 13 anos que a bobinha mas divertida música “MmmBop” ganhou o mundo. Ficamos carecas de ouvir os irmãos Hanson cantar em uníssono uma sopa de letrinhas sob uma melodia radiofonicamente poderosa. Também não parece, mas Isaac, Zac e Taylor, hoje, são quase trintões (29, 24 e 27, respectivamente). Depois de poucos lampejos em seus outros sete discos, Shout It Out, mais novo lançamento do trio norte-americano, chega para dizer: estamos maduros, mas somos limitados.


Quando os ventos estão à favor, não há dúvidas de que os rapazolas conseguem fazer canções pop brilhantes e funcionais – como a própria “MmmBop”, “If Only” e “Penny and Me”. Es-ses são os Hanson despretensiosos e ao natural, bebendo da inocência de grupos como Jackson’s Five, inspiração visível em seus primeiros discos. No novo trabalho, o único momento de “rédeas soltas” é em “Thinkin’ Bout So mething’”, que começa (quem diria) com um instrumento de percussão chamado cowbell antes (quem diria) de um naipe de metais elevar a canção e torná-la a mais redonda do álbum. É que crescer tem dessas coisas.

Ao mesmo tempo que os Hanson foram buscar no funk norte-americano dos anos 1960 e 70 suas principais referências para Shout It Out, algumas faixas revelam um anacronismo estranho, mas que não deixa de ser interessante. A afetada “Make it Out Alive” bem que poderia ser uma canção dos moderninhos Mika ou Sam Sparro. Já em “Me Myself & I” é relembrada (quem diria) a figura de sir Elton John.

Mas pobre meninos. As tentativas de evoluir musicalmente, de deixar para trás uma espécie de “adolescência eterna” que deve sempre os acompanhar, são quase em vão. Além das canções já citadas acima, “Carry You There” – uma tentativa de rock de arena, com guitarras mais pesadas – revela que existe um limite, criado justamente porque eles não são mais os Hanson de “MmmBops” atrás.

A produção é profissional ao extremo. Não deixa escapar uma colcheia ao piano, não se ouve um sopro de sax a mais e a percussão deve ter sido tocada com metrônomo. E isso é péssimo em se tratando de uma banda que tem historicamente a brincadeira musical como referência. A esterilidade funciona, talvez, em “Waiting for This”, em que o piano surge como instrumento líder e, forçando a barra, nas linhas de trompete em “Make It Out Alive”. De resto, a mixagem própria e contida foi como um tiro no pé, já que tirou da banda o que lhe era mais atraente: leveza, despretensão e espaço para o improviso. Mas acontece. Crescer (quem diria) é assim mesmo.
 
da Gazeta do Povo

Quando o virtual invade o real - sua realidade vai ser aumentada

25 de jun. de 2010

Cresce o número de empresas que está usando a tecnologia da realidade aumentada, com elementos digitais interferindo no ambiente físico

A imagem do personagem de Tom Cruise movimentando imagens e textos no ar com as mãos no filme Minority Report parecia, em 2002, pura ficção científica. Hoje, menos de uma década depois, qualquer pessoa que tenha um computador com webcam pode jogar futebol quase da mesma maneira. Em breve, passeando por uma praça, por exemplo, será possível receber, via celular, a lista de restaurantes ou livrarias mais próximos apenas apontando a câmera do aparelho para um determinado ponto.


Quando se fala em realidade aumentada, a impressão que se tem é de que o futuro chegou – especialmente para o marketing e a publicidade, as duas áreas que, até agora, melhor têm explorado essa tecnologia. Embora remeta a estudos que começaram ainda na década de 50, a realidade aumentada ganhou esse nome em 1992, e conquistou a atenção das empresas e agências de publicidade apenas nos últimos meses. A lista de exemplos já é grande: de marcas de refrigerante a fabricantes de travesseiros. “O interesse no meio publicitário explodiu no começo de 2009, quando um programador japonês possibilitou que ela fosse publicada na web usando o flash player, um plug-in que está presente em praticamente todos os computadores do mundo”, explica Ohmar Tacla, sócio diretor da Go2nPlay Studios, empresa curitibana especializada em soluções multimídia e em realidade aumentada, ou RA, como foi apelidada. No portfólio da agência estão trabalhos para empresas como Marisol, Volvo, Imaginarium, Altenburg e Fundação O Boticário de Proteção à Natureza.

Ohmar Tacla, sócio diretor da Go2nPlay Studios, empresa curitibana especializada em realidade aumentada: interesse publicitário pela tecnologia “explodiu” em 2009

O uso mais comum da tecnologia hoje são os “marcadores” – um símbolo especial que o usuário precisa apontar para a webcam. Desta forma, ele cria a imagem de um objeto tridimensional, que ele pode inclusive mudar de posição movimentando o papel. Foi assim, por exemplo, que a FedEx criou uma caixa virtual: o cliente pode usar a imagem para ter ideia do que cabe dentro dela.

No começo deste ano, a Coca-Cola apostou na tecnologia para o lançamento da Sprite 2.Zero no Brasil. As latas do refrigerante trazem um código bidimensional, com o qual o consumidor pode se divertir com um jogo criado exclusivamente para a marca acessando o site. Assim, ele interage com a marca e com os personagens da campanha do refrigerante. “Umas das coisas que mais tem interessado o mercado publicitário é justamente esta interatividade com a marca”, diz Tacla.

Também com um código bidimensional, as leitoras da Capricho puderam se sentir participando de um clipe da banda Hóri. O aplicativo criado pela Go2nPlay tirava uma foto da pessoa, que aparecia na mão do cantor Fiuk. O site, segundo Tacla, já teve mais de 450 mil usuários únicos.

Mas o sócio da Go2nPlay diz que os marcadores já estão ficando para trás. Com o avanço da realidade aumentada, será possível usar qualquer imagem. “Também já existem modelos de captura de movimentos e de voz e combinados com GPS, que permite capturar os dados do local onde o usuário está”, diz.

Tacla diz que clientes e agências ainda estão “experimentando”, e aprendendo onde e como usar a tecnologia. Ao mesmo tempo, ela tem se tornado mais acessível. “No início, eram só as grandes marcas que usavam. Hoje, a realidade aumentada já é bem mais comum. Mas, muita gente simplesmente quer. E nem sabe como usar.” Ele reconhece, no entanto, que o público que usa e entende a ferramenta ainda é muito restrito. “É uma publicidade direcionada para o público jovem, antenado em tecnologia.”

Via celular

A tendência é que a realidade aumentada chegue também com mais força aos telefones móveis. O mercado de RA móvel vai alcançar US$ 732 milhões em 2014, alimentado por downloads de aplicações pagas, publicidade e serviços de assinatura, segundo relatório da empresa de pesquisas Juniper Research. Em 2010, segundo o mesmo documento, ele não deve superar US$ 2 milhões.

É com esse tipo de investimento que será possível, por exemplo, chegar na Av. Marechal Deodoro e, apontando a câmera do celular, saber as promoções que as lojas mais próximas oferecem. Mas esse avanço depende também da própria melhoria da base de aparelhos – já que para isso eles precisam ter câmera, GPS, sensores de movimento, além de uma conexão de banda larga sem fio. Por enquanto, ainda custa caro chegar ao futuro.
 
da Gazeta do Povo

Quincas Berro D´Àgua chega aos cinemas curitibanos

Versão cinematográfica da obra de Jorge de Amado conta a história da segunda morte de um malandro


Considerado por muitos críticos a melhor obra de Jorge Amado, A Morte e a morte de Quincas Berro D’Água ganha a primeira adaptação para o cinema pelas mãos do diretor e roteirista Sérgio Machado, que chega com um mês e atraso aos cinemas curitibanos. O romance já foi traduzido para 21 idiomas e, só no Brasil, já vendeu mais de 3 milhões de exemplares – se tornando a segunda obra mais vendida do escritor baiano no País. Quincas Berro D’Água - pseudônimo do ex-funcionário público Joaquim Soares da Cunha - é o líder de uma turma de malandros de Salvador que tem o azar de falecer na madrugada do dia em que completaria 72 anos. Mas, como para esse grupo a morte é apenas um detalhe, Quincas ainda vai aprontar muita coisa antes de morrer pela segunda vez.

A morte é apenas um detalhe, Quincas ainda vai aprontar muita coisa antes de morrer pela segunda vez (foto: Divulgação)

A Morte... é uma crítica azeda aos comportamentos burgueses, numa Bahia composta por duas sociedades paralelas e que quase nunca se encontram. Para o filme, o personagem de Quincas ganhou um intérprete de peso: o ator Paulo José. Dividem a cena com Paulo, Marieta Severo, Mariana Ximenes, Vladmir Brichta, Flávio Bauraqui, Irandhir Santos, Luis Miranda e Frank Menezes, além das participações especiais de Milton Gonçalves, Othon Bastos, Walderez de Barros e Carla Ribas.

A direção é de Sérgio Machado, que guarda mais do que uma ligação espiritual com Jorge Amado. É ao escritor que ele atribui o início de sua carreira e a primeira grande parceria artística, com Walter Salles. Produzido por Walter, ele dirigiu em 2001 o documentário Onde a Terra Acaba, sobre o cineasta Mário Peixoto, diretor do clássico Limite (1931). O documentário conquistou prêmios nos festivais de Gramado, Rio, Recife, Havana e na Mostra de São Paulo. No ano seguinte, dirigiu para a TV Globo sua primeira adaptação de uma obra de Jorge Amado, o especial Pastores da Noite.

Em 2005, Sérgio concluiu seu primeiro longa-metragem de ficção, Cidade Baixa, sobre um triângulo amoroso entre dois amigos e uma prostituta na zona portuária de Salvador, estrelado por Wagner Moura, Lázaro Ramos e Alice Braga. O filme foi selecionado para a mostra Um Certo Olhar do Festival de Cannes, onde recebeu o Prêmio da Juventude e colecionou premiações em vários festivais no Brasil e no mundo. Com Karim Ainouz, seu parceiro artístico, dirigiu para a HBO, em 2007, a série Alice.O cineasta construiu também uma sólida carreira como roteirista dos seus próprios filmes e dos de seus parceiros, como Abril Despedaçado, de Salles, e Madame Satã, de Ainouz. Com Quincas Berro d’Água, Sérgio chega ao seu segundo longa de ficção adaptando uma das obras mais populares de Jorge Amado.

Pode-se dizer sem exagero que o gaúcho Paulo José é o ator mais importante da história do cinema brasileiro. Começou a carreira em 1955 fazendo teatro em Porto Alegre, ao lado de colegas como Paulo César Pereio e Lilian Lemmertz. No Rio, nos anos 60, fez parte do Teatro de Arena ao lado de Gianfrancesco Guarnieri, Augusto Boal e Juca de Oliveira.

No cinema, atuou em mais de 40 filmes e trabalhou com os maiores diretores dos anos 60 e 70: Joaquim Pedro, Domingos de Oliveira, Walter Hugo Khouri, Luiz Sérgio Person, Hector Babenco. Nos últimos anos, foi visto em Saneamento Básico, de Jorge Furtado, e Juventude, de Domingos de Oliveira. Em 2010, trabalha em O Palhaço, com direção de Selton Mello. Na TV, atuou em diversas novelas. Leia trechos da entrevista de Paulo José.

Jornal do Estado — O que o levou a aceitar o desafio de viver Quincas Berro d’Água?

Paulo José — O personagem morre na primeira cena. Depois, morto, era só parar de respirar e ser carregado pelas ladeiras de Salvador, puteiros, terreiros de candomblé, até morrer de novo no fundo da Baía de Todos os Santos. Trabalho nenhum. O desafio foi ainda menor porque a filmagem correu lindamente, docemente, saborosamente como num livro do Jorge Amado.

JE — Como foi o trabalho com o diretor Sérgio Machado?

Paulo — Sérgio Machado é do bem. Ser fofo (expressão da pós-modernidade) é ser do bem. Logo, Sérgio Machado é um fofo. Quem não é babaca é porreta. Sérgio Machado não é babaca, logo Sérgio Machado é porreta. Sergio Machado é o cara. Por que tanto elogio para Sérgio Machado? Porque eu gosto dele, gosto de sua teimosia, sua obstinação, sua tenacidade, seu talento, sua maneira de ver e fazer cinema. Uma amizade para cultivar para o resto da vida. Sérgio Machado é o cara.

JE — Como foi o desafio físico de fazer Quincas, já que você passa boa parte do filme carregado pelos amigos? O Sérgio diz que você é incansável no set.

Paulo — Por que essa insistência com a palavra desafio? Será que ocorreria a algum repórter perguntar ao neurologista Paulo Niemeyer: “Como o senhor aceitou o desafio de colocar um marca-passo na cabeça do Paulo José?” Quer dizer, o comerciante comercia, o papa papeia, o ator faz personagens, simplesmente.

JE — Como você se aproximou do universo de Jorge Amado para compor o personagem? Já havia atuado em alguma outra adaptação dele para TV, teatro ou cinema?

Paulo — Não me aproximei. Ele é que foi me cercando, cercando, desde minha adolescência, há mais de 50 anos. Começou com O País do Carnaval, depois Cacau, depois Suor e assim por diante. Não houve composição. O personagem tinha 70 anos, sempre meio de porre, maltratado pelas noites de esbórnia. Eu tenho 70 anos, ando meio de banda (“carrego meus mortos do lado esquerdo”, diria Drummond), cabeça branca, maltratado pelos anos. Pergunto: precisa fazer composição? O personagem termina dizendo uma bela frase: “Afinal, só tem que chorar a morte quem morreu sem ter vivido.” Por que a história de Quincas é um clássico pertinente ainda hoje? Enquanto houver compaixão pelo ser humano, pelas pequenas criaturas, marginais, filhos do acaso, vagabundos, meretrizes, e não tivermos perdido a ternura nem o desejo de que esses anti-heróis, nossos semelhantes, nossos irmãos, vençam a violência, os preconceitos e a brutalidade, Quincas Berro d’Água estará sendo escrito hoje, por cada leitor, reinventado por cada espectador em qualquer sala de cinema.
 
do Jornal do Estado

Ação anti-drogas na praça Rui Barbosa

O secretário Antidrogas Municipal, Nazir Abdalla Chain, foi à praça Rui Barbosa ontem, para coordenar as ações da Semana Antidrogas de Curitiba na Regional Matriz. Cerca de sete mil pessoas eram esperadas para as atividades na praça. O público jovem é o alvo da Semana Antidrogas, que começou na segunda-feira e vai até domingo. “Quanto mais informações oferecermos para as crianças e os adolescentes, maior a chance de eles ficarem longe do uso de substâncias entorpecentes e da violência e de se tornarem multiplicadores dessa mensagem do bem. Os jovens são o futuro e a prevenção é nossa estratégia para termos uma sociedade melhor”, afirmou Chain.


Em sua segunda edição, a Semana Antidrogas tem o tema “Marque um Gol, Dê um Chute nas Drogas”, em alusão à Copa do Mundo. O atendimento na Rui Barbosa contou com orientações de psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais que atuam nos Centros de Atendimento Psicossocial (Caps) e em outros órgão da Prefeitura. No ano passado, cinco dependentes foram encaminhados para tratamento depois de procurarem o atendimento oferecido na praça.

“A população ainda está acanhada, tem vergonha de ir atrás de informação sobre drogas. Portanto, é importante estarmos aqui fazendo esse tipo de abordagem informal. Um tratamento às vezes começa quando oferecemos esse tipo de oportunidade para o dependente”, disse Chain. Crianças e adolescentes puderam acompanhar as demonstrações lúdicas de Rayska, Shakira e Luke, cães farejadores de drogas do projeto Cão Amigo.

A programação na praça Rui Barbosa teve a participação das secretarias municipais da Saúde, da Educação, do Abastecimento e da Fundação de Ação Social. Hoje, a programação da Semana Antidrogas será realizada somente à noite, na Escola Maria Marli Piovezan, na Regional Cajuru, das 21 às 24 horas.

Para o sábado está programada a Caminhada Antidrogas, com saída do Paço da Liberdade, na praça Generoso Marques, no Centro, às 9h30. Os participantes vestirão camisetas verde-amarelas para percorrer o trecho que vai da praça até Bondinho da rua 15 de Novembro.

A caminhada terá a participação do governo do Paraná, assim como o Domingo no Parque, que encerrará a Semana Antidrogas de Curitiba, das 13 às 17 horas, no Barigui. Estão programadas atividades esportivas, culturais e de lazer para toda a família, além de barracas com banners e distribuição de material informativo.

A Semana Antidrogas de Curitiba tem ações nas noves regionais e marca as celebrações pelo Dia Internacional da Luta Contra o Abuso e o Tráfico Ilícito de Drogas, 26 de junho. A proposta é mostrar como a Prefeitura trabalha de forma preventiva no combate à violência causada pelo uso e tráfico de substâncias psicoativas.

O Dia Internacional da Luta Contra o Abuso e o Tráfico Ilícito de Drogas foi criado em 1987, por iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta data, é apresentado o Relatório Mundial de Drogas contendo informações atualizadas sobre consumo, produção e tráfico em todo o mundo.
 
do Jornal do Estado

Radares começam a multar avanço de sinal e parada sobre faixa na semana que vem

24 de jun. de 2010

Os 19 radares instalados em cruzamentos de ruas de Curitiba que verificam, além do excesso de velocidade, o avanço do sinal vermelho e a parada sobre a faixa de pedestre, começam a multar na semana que vem. O dia certo ainda será definido pela Urbanização de Curitiba (Urbs). Apesar de já estarem instalados, passavam pelos últimos ajustes. Avançar o sinal vermelho é infração gravíssima, que dá sete pontos na carteira de habilitação e multa de R$ 191,54. Estacionar sobre a faixa de pedestre é infração grave, cinco pontos na carteira e R$ 127,69 de multa.


A previsão da Prefeitura de Curitiba é ter 70 cruzamentos com este tipo de equipamento — que registram as três infrações. No total, as ruas de Curitiba terão instalados neste ano 140 equipamentos de fiscalização. Até o momento são 67 equipamentos já ligados e aferidos, sendo 48 apenas de registro de velocidade.

Os locais escolhidos para a implantação do radar com as três funções se deu por estatísticas. Segundo a Urbs o critério é o de prevenir acidentes, logo, os radares são instalados nos locais com maior potencial de risco ou de infrações. Boa parte dos radares que fiscalizam as três infrações estão em cruzamentos com canaletas do ônibus expresso.

Mas o motorista tem que prestar atenção na sinalização existente alertando a presença de fiscalização. É que a partir deste ano há pontos com limite menor do que o costumeiro. A Urbs está instalando radares onde o limite de velocidade é de apenas 40 km/hora, difertente do que estava habituado o curitibano — até então os radares estavam em vias com limite de 60 km/h e de 70 km/h.

O primeiro radar com limite de 40 km/h foi o da avendia Sete de Setembro com a José de Alencar, no Cristo Rei. Os próximos lotes incluem radares de fiscalização de velocidade, parada na faixa de pedestres, avanço de sinal e conversão proibida que serão instalados em cruzamentos de avenidas com canaletas e onde a velocidade máxima também é de 40km/h. À exceção da Linha Verde, onde o limite de velocidade é de 70km/h, em todas as avenidas em que há canaletas o limite é de 40km/h.

De madrugada — Os radares que registram o avanço de sinal, velocidade e parada sobre a faixa de pedestre, contudo, podem ser complacentes nas madrugadas. Existe a intenção da Urbs de tolerar certos avanços de sinal como medida de proteção aos motoristas entre a meia-noite e as seis horas.

Mas não quer dizer que o avanço do sinal vermelho estará permitido nas madrugadas. As imagens das câmeras serão analisadas, e só serão perdoados os motoristas que comprovarem que reduziram a velocidade no cruzamento, verificaram a passagem de outros carros que tinham o sinal aberto, e só depois iniciaram o avanço.

A relação completa dos endereços onde estão instalados os equipamentos e em funcionamento está disponível no site da Urbs, Urbanização de Curitiba S/A e da Prefeitura de Curitiba.
 
do Jornal do Estado

Termina a exclusividade das máquinas de cartões

22 de jun. de 2010

Equipamentos terão de receber cartões de todas as bandeiras


A partir de 1º de julho, entra em vigor a nova regra para os cartões de crédito e débito que prevê o fim da exclusividade entre credenciadores e bandeiras. Com a nova medida, uma mesma máquina de cartão vai poder oferecer serviços de diferentes bandeiras e não será mais necessário ter diversos equipamentos. Assim, os estabelecimentos comerciais pagarão menos pelo aluguel de uma única maquininha, e os custos operacionais devem diminuir com o aumento da concorrência.


“É uma conquista em defesa de todos, pois com mais empresas credenciadas, a concorrência resulta em taxas menores para o consumidor”, revela o presidente do conselho de administração nacional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Célio Salles. Para o presidente da Abrasel-PR, Marcelo Woellner Pereira, essa mudança que favorece o aumento no número de empresas de cartões, beneficia o consumidor final que vai poder optar pela bandeira que lhe oferecer melhores vantagens.



O aluguel da máquina varia atualmente de R$ 60 a R$ 140 por mês, enquanto as taxas, arrecadadas pelas bandeiras sobre o valor total pago nas máquinas de cartões, oscilam entre 2,5% e mais de 6%. “O custo é muito elevado e maior que a média mundial que é até a metade em outros países”, conta Célio. Ele afirma que, atualmente, cerca de 90% do faturamento de bares e restaurantes é arrecadado por meio de cartões.


“O cartão é um sócio que ganha 2% de lucro nas vendas no débito e 3% no crédito, dos cerca de 70% do total do faturamento que é obtido por meio das maquininhas”, se indigna o proprietário de uma rede de sete bares de Curitiba, dentre eles o Taco El Pancho, Gustavo Haas. Para ele, o alto custo não compensa a segurança que o cartão proporcionou com relação ao cheque. “Trabalho há 16 anos no ramo e as perdas com cheque sem fundo sempre foram insignificantes”, explica o empresário que acredita ser impossível sobreviver sem a utilização do cartão. 



Além dos gastos elevados, pagos para as bandeiras e credenciadores, os investidores da área reclamam da demora em receber o dinheiro. “No débito os valores são pagos em 24 horas e no crédito somente após 30 dias depois da venda. Então o cartão não poderia ser considerado como pagamento a vista porque o comerciante não recebe o dinheiro no ato da compra”, opina Célio.


Para Gustavo seria justo dar desconto para os clientes que pagassem no dinheiro e não gerassem outras despesas com o cartão. “Eu poderia dar tranquilamente 5% de desconto para o cliente que pagasse no dinheiro”, acredita. Mas, de acordo com o Procon-PR, não pode haver preço diferenciado para compras realizadas no dinheiro, cheque ou cartão de crédito.

do Jornale

Razões para odiar o cinema 3D

21 de jun. de 2010

Crítico americano condena a nova tecnologia e a forma como Hollywood a usa para extorquir dinheiro do público

Crítico de cinema entre os mais influentes dos Estados Unidos, colunista do jornal Chicago Sun-Times, Roger Ebert publicou um artigo na revista Newsweek moendo a tecnologia 3D. Uma atitude ousada, quase insana, num país em que a indústria cinematográfica é poderosa. O texto se chamou “Por que odeio 3D (e você de veria também)” e listou nove problemas que, na opinião de Ebert, fazem o novo filão de filmes ser mais um problema do que uma solução.


Você pode ler detalhes dos argumentos de Ebert em quadro nesta página. O fato é que o crítico norte-americano se dispôs a fazer algo que quase ninguém fez. No Brasil, houve reportagens com oftalmologistas para descobrir se o efeito 3D causava algum problema de visão, se tentou explicar por que algumas pessoas têm dores de cabeça e outras simplesmente não enxergam o efeito na tela, mas poucos adotaram uma postura crítica diante da nova tecnologia, talvez por medo de parecer “quadrado” ou “ranzinza”. Fazer críticas ao cinema 3D é um pouco como ser contra o telefone celular ou a internet. Pode soar retrógrado e anacrônico. Um avô lamentando os bons tempos que não voltam mais.
 
Passado o entusiasmo inicial de qualquer novidade tecnológica, o passo seguinte seria avaliar qualidades e defeitos, ou mesmo a relevância do que surge por aí. E é fantástico ver alguém do calibre de Ebert usar energia e tutano para entrar no debate. Aos 68 anos completados na última sexta e brigando contra um câncer de tireóide, ele entra pisando firme numa briga de titãs que envolve bilhões de dólares em bilheteria e projetores digitais.


A Gazeta do Povo conversou com 20 espectadores entrando e saindo de sessões 3D. Ainda que o número seja pequeno demais e não tenha relevância alguma para saber o que pensa o público, é curioso que nenhuma das pessoas ouvidas – nenhuma – tenha se mostrado entusiasmada. Elas tinham acabado de ver ou de comprar ingresso para sessões de Alice no País das Maravilhas e Fúria de Titãs. As que foram ouvidas na saída, demonstraram graus diferentes de frustração.

O analista contábil Gilmar de Andrade, de 32 anos, viu Fúria de Titãs. O jornalista o abordou dizendo apenas que preparava uma matéria sobre cinema 3D sem dar detalhes da pauta. Em seguida, perguntou: “Que tal o filme?”.
“Não vi diferença nenhuma”, disse.

Andrade optou pela sessão 3D porque era no horário que queria. “Teria assistido à versão normal sem problema.” Ele conta que experimentou ver Avatar tanto na versão 2D quanto na 3D. Apesar de reconhecer as diferenças técnicas entre uma e outra, não entende o alarde envolvendo a nova tecnologia.

“Quando você olha para um filme em 2D, ele já é 3D no que diz respeito ao cérebro”, explica Ebert no texto da Newsweek. “Nossas mentes usam o princípio da perspectiva para fornecer a terceira dimensão. Adicioná-la artificialmente pode tornar a ilusão menos convincente.”

Algo ignorado pela maioria é o fato de a projeção 3D ser mais escura do que a tradicional – outro ponto levantado por Ebert. Citando um técnico influente para a indústria do cinema, Lenny Lipton, ele explica que os projetores digitais dividem a luminosidade entre os dois olhos, o que a reduz pela metade. Para piorar, os óculos também filtram um tanto da luz e o resultado é uma imagem escurecida.

Amanda Zandonadi, de 13 anos, também viu Avatar – em tese, o melhor filme em 3D lançado até o momento – e o achou “escuro” e “embaçado”. A estudante Gabriela Strapasson, de 20 anos “esperava mais” do filme de James Cameron, que já acumulou US$ 2,7 bilhões em ingressos vendidos no mundo todo.

Gabriela disse ter se frustrado porque imaginava que o público poderia “interagir” mais, que o efeito 3D seria mais “intenso”. Ebert, por sua vez, critica o marketing violento do 3D e, em alguns casos, enganoso. Vários filmes foram adaptados para o novo formato na pós-produção, criando um efeito meio fuleiro.

A ganância dos executivos de Hollywood é tamanha que eles não medem consequências e parecem não se importar que os falsos filmes em 3D assassinem o mercado para os verdadeiros. Alice no País das Maravilhas e Fúria de Titãs são exemplos de produções que tiraram proveito do momento, mas, originalmente, não foram pensados em 3D. Segundo Ebert, Tim Burton, o diretor de Alice, fora pressionado pelo estúdio a adaptar o filme.

É possível que a frustração de quem não vê nada extraordinário no 3D se deva, em parte, à propaganda que se faz dele, vendendo o formato como uma aventura sem equivalentes. Sobretudo para crianças. Os pais descobrem na prática que, dependendo da idade, os filhos não suportam ficar de óculos durante a sessão inteira. Não é difícil encontrar crianças que preferem ver o filme em 2D porque experimentaram o 3D e não gostaram.

Também controversa é a questão que envolve o preço do ingresso. Num dos shoppings de Curitiba, a diferença chega a 81%. Durante a semana, uma sessão normal custa R$ 11 e, no mesmo horário, a 3D sai por R$ 20. São R$ 9 a mais.

Perguntadas sobre o porquê do ingresso ser mais caro, as pessoas arriscam dizer: “Por causa dos óculos?”. Outras imaginam que o projetor ou mesmo o dinheiro gasto na produção do filme seriam as explicações. Nessa lógica, só o Avatar se enquadraria e mais um e outro. O grosso das produções não é realizado em 3D, mas só apresentado no formato.

Nos EUA, se supõe que os ingressos são mais caros por causa dos projetores novos. “A taxa a mais veio para ficar ou ela vai cair depois que os projetores forem pagos?”, questiona Ebert, para quem o 3D é uma forma de extorsão. No embalo, ele abomina o que chama de “falso 3D”, uma leva de filmes que estão se aproveitando do sucesso de Avatar.

Mas não leve o Ebert a mal. Ele diz ter amado Avatar e chama James Cameron de “gênio técnico”. Diz também estar ansioso para ver os trabalhos em 3D dos cineastas Werner Herzog e Martin Scorsese.
 
da Gazeta do Povo

O segredo do perfume masculino

Com constantes lançamentos e criações mais leves e frescas, perfumes masculinos conquistam até o público feminino

Não é de hoje que os perfumes masculinos agradam às mulheres a ponto de algumas trocarem suas próprias fragrâncias por essências “for men”. A alquimia e a originalidade das notas acertaram em cheio a caixa de loja Claudenice Honorato Sabino, 35 anos, que, depois de experimentar alguns perfumes masculinos, deixou as opções para mulheres de lado. “Eu tive a vontade de experimentar porque sempre amei sentir o cheiro de perfume masculino. Comecei usando o CK One, que é unissex. Depois, experimentei o Joop Homme e amei.”


Há uma explicação técnica para tais perfumes chamarem a atenção das mulheres. De acordo com Cecília Balvedi, pesquisadora da área de desenvolvimento de perfumaria do Boticário, a maior parte das matérias-primas é a mesma para formular perfumes para ambos os sexos. “Os perfumes masculinos são compostos principalmente por notas amadeiradas (como cedro, sândalo, vetiver); notas herbais aromáticas (como sálvia, menta, alecrim); notas cítricas (como limão, bergamota) e notas de especiarias (como cravo, canela, pimenta). A diferença está na proporção em que elas são usadas nos diversos perfumes”, explica Cecília.

Segundo ela, essa migração do público feminino para as fragrâncias masculinas se deve ao fato de que os perfumes feitos para eles contêm mais notas frescas e cítricas enquanto que os femininos costumam ser mais fortes e opulentos.

O público consumidor masculino de perfume também não para de crescer. Pesquisa recente do Boticário revela que o gasto médio mensal deles com produtos cosméticos é de R$ 54,07. A empresa paranaense detém um dado curioso: apesar de 85% dos 600 itens do portfólio serem basicamente voltados ao público feminino, o mais vendido é masculino – a colônia Malbec.

De acordo com Andreia Leite de Almeida, gerente de perfumaria da Laffayette, os homens estão bem informados e chegam às lojas sabendo o que querem. “Hoje, eles conhecem bastante de perfume e também sabem mais como usá-los. Os mais procurados são os da Boss e Dolce & Gabbana, mas muitos já se arriscam e compram os não tradicionais”, diz.

Edson Fabiano Novaes é um que não perde as novidades. Apaixonado por perfumes, o professor de música tem uma pequena coleção de frascos em casa. “Uso vários tipos, dos mais amadeirados até os mais marcantes, mais sexies. Isso porque diferentes lugares pedem diferentes perfumes. Durante o dia, por exemplo, tenho usado o CK Free, à noite, o 212 Men, da Carolina Herrera”, entrega.
 
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