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blog Pausa Dramática

FYI: Vocabulário renova-se com avanço da tecnologia

29 de jul. de 2010

Cada mudança tecnológica apresenta novas palavras, abreviaturas e siglas. Termos que são criados para produtos e ideias que não existiam são importados junto das novidades e entram no vocabulário de quem lida diretamente com a área. Aos poucos, essas novas palavras são incorporadas ao português e vão se popularizando até passarem a fazer parte dos diálogos de quem não tem vínculo direto com os assuntos da tecnologia.


O léxico, explica Maria Cristina Altman, coordenadora do Centro de Documentação em Historiografia Linguística da Universidade de São Paulo (USP), é a parte da língua que primeiro e mais visivelmente acompanha as mudanças do mundo.

Se, agora, é do inglês a origem da maior parte das novas palavras, esse privilégio já foi do italiano no século 15, do tupi no século 16 (graças aos nomes de muitas plantas e animais) e das línguas europeias no século 19 — principalmente do francês, responsável direto por aproximadamente 60% do nosso atual vocabulário, de acordo com Mario Eduardo Viaro, coordenador do grupo de pesquisa Morfologia Histórica do Português na USP.

Quem já frequentou um restaurante ou comprou um abajur há de concordar com isso. O trânsito de palavras entre línguas é um processo constante, natural e inevitável. Na opinião de Viaro, esse fluxo não é uma ameaça ao português. “As palavras não têm dono. O acúmulo de estrangeirismos se deve ao maior contato que temos hoje entre os povos.”

Mas o que determina a forma como uma palavra será incorporada ao vocabulário? Usaremos o termo tal como veio do inglês — como em cheddar e brownie? Vamos aportuguesá-lo — como caubói e bangue-bangue? Ou o substituiremos por um equivalente em português —chuveiro, tradução livre de shower? Não dá para saber, diz Maria Cristina. É o uso cotidiano da língua que vai determinar.

A linguista explica que a utilização de determinada palavra em propagandas, espetáculos de entretenimento ou por grandes personalidades da mídia e da academia podem contribuir e muito para o sucesso do termo, mas isso não é uma garantia.

Pronúncia — A única regra obrigatória é a adaptação da pronúncia. A primeira coisa que fazemos com uma palavra recém chegada é colocá-la dentro do nosso sistema fonético. Ou você já ouviu alguém falar hambúrguer começando com som de r e torcendo a língua no final, como manda o inglês? Se ouviu, com certeza achou estranho.

Uma vez adaptada e integrada ao português, toda palavra estrangeira passa a funcionar como qualquer outra da nossa língua. “Aí a vida é livre”, diz Maria Cristina. Podemos fazer com ela o que quisermos: colocar sufixos, criar um aumentativo, diminutivo, transformar em adjetivo. Surf chegou como “sârf” e hoje já é surfe mesmo. Daí, criamos o surfar, o surfista e a surfistinha. O delete já virou deletar e daí para o deletador aparecer é só alguém sair deletando por aí — fazendo a palavra se tornar necessária. Algumas palavras se cristalizam de tal forma que perdem totalmente o vínculo com sua motivação original Disk-pizza é um ótimo exemplo: ninguém mais disca nada para acionar o delivery.

Glossário tecnológico

Cache — quando você usa muitas vezes um programa ou entra no mesmo site, o computador deixa gravado nesta memória partes das tarefas para executá-las mais rapidamente

CPU — Central Processing Unit: é o processador central do computador

Creative Commons — nome do conjunto de licença criado pelo advogado Lawrence Lessig, que permite que o autor de uma obra decida como funcionarão os direitos autorais sobre a mesma, tornando-os mais flexíveis

Digg — rede social de compartilhamento de notícias e links, que indexa quantas recomendações (diggs) cada item teve

DNS — Domain Name Server. Se o IP é o endereço do computador, o DNS é o nome próprio do servidor

DRM — controle digital de direitos autorais: funciona como uma trava que impede a cópia de arquivos

Embedar — quando você vê um vídeo do YouTube em outro site que não o YouTube, ele foi embedado (ou incorporado)

Extensão — também chamados plugins, são programinhas que fazem pequenas tarefas dentro de outros softwares, como navegadores de internet

Facebook — a maior rede social do mundo pode ser, nos próximos anos, tão importante quanto o Google foi nos anteriores. Seu criador, Mark Zuckerberg, é o novo Bill Gates

Flash — linguagem de programação que serve para rodar vídeos e animações na internet

FYI — Sigla para "for your information" (Para sua informação)

Geolocalização — identificação de posição geográfica do usuário através de GPS ou triangulação de sinal do celular

Geotag — é uma etiqueta digital que localiza onde uma foto foi tirada, por exemplo

Gif animado — o princípio básico da animação (imagens em sequência) compactado em uma única imagem. Funciona quase como um minivídeo

Google — nosso querido Big Brother. Reinventou a web há dez anos, espalhou-se por todas as áreas do mundo digital e até virou verbo

GPS — sistema de posicionamento global. Localiza o usuário por meio de coordenadas geográficas

HD — você grava os seus arquivos no HD, sigla para disco rígido em inglês. Alguns podem ser vídeos em HD, sigla em inglês para alta definição

HDMI — é a porta para entrada e saída de som e imagem em alta qualidade, comum em aparelhos mais novos

Hoax — é o bom e velho boato. Na web, eles ganham vida própria

HTML — a linguagem de programação que inaugurou a web ainda está presente na maioria dos sites

Hub — aparelho que conecta vários equipamentos entre si

IM — programa de mensagem instantânea, ou bate-papo em tempo-real (MSN, Gtalk e Skype)

IP — endereço IP é uma espécie de RG do seu computador na internet

iPad — o tablet da Apple, computador em forma de prancheta, é a vedete do momento

iPod — é um tocador de música digital ( MP3) lançado em 2002 pela Apple. Virou sinônimo de MP3 Player

Javascript — linguagem que reúne pequenos aplicativos dentro de um programa ou site

Kindle — o e-reader da Amazon deu a largada na corrida pelo novo suporte para livros digitais

LCD — sigla em inglês para tela de cristal líquido, usada em TVs e monitores finos

LED — sigla em inglês para diodo emissor de luz, também é como se batiza monitores ou TVs que usam tecnologia

Linguagem de programação — é o conjunto de comandos e códigos que constroem programas e o sites. Alguns exemplos: HTML, JavaScript, Flash, etc.

LOL — sigla para “Laughing Out Loud”, ou rindo bem alto. Equivale a dar uma gargalhada

Mashup — é o que acontece quando dois programas — ou duas músicas — se misturam num só

Metadata — é o dado do dado: informações atreladas a um arquivo, como nome do autor, data de criação, geolocalização

Mídia colaborativa — dá para ser autor de uma obra com vários outros autores, sem ter contato com eles, ao mesmo tempo em que todos escrevem (e editam)? Claro que dá!

Mídias sociais — redes sociais passaram a ser utilizadas como mídias — e por qualquer um!

Mobile — termo em inglês para portátil

N00B — o termo, escrito com zero no lugar do o, vem de newbie: novato ou inexperiente

Nuvem — programas e dados podem ser guardados online, ou “na nuvem”, como se diz

OLD — sabe quando mandam um vídeo ou link que você já viu? Se quiser tirar sarro, é só responder: OLD

Open ID — Sistema de identificação que permite acesso vários serviços com apenas um login e senha

Open Source — programas de código-aberto, são gratuitos e podem ser alterados por qualquer um

Peer-to-peer — é o nome que se dá à troca de arquivos entre dois computadores, sem intermediários

Pendrive — memória portável. Pequeno e prático, ele matou os disquetes e os CDs graváveis

Plasma — é o terceiro tipo de tela para monitores planos e leva esse nome devido ao material que gera as imagens em movimento

Postar — é o verbo para designar quando qualquer coisa é publicada online (foto, vídeo, blog, tweets, etc.)

QR Code — espécie de código de barras feito para ser lido por câmeras de celular —geralmente faz o aparelho acessar um site específico

Rede social — antes delas, se você quisesse achar alguém online, dependia da possibilidade de ele ter seu próprio site. Com as redes sociais, como o Orkut e o Facebook, todo mundo está online

ROFL — “Rolling on the floor laughing”, ou rolando no chão de tanto rir: é um superLOL

Roteador — aparelho que, ligado ao modem, redistribui a conexão de internet para outros computadores num mesmo ambiente

RSS — forma de acompanhar sites sem precisar entrar neles. As atualizações são reunidas no agregador, um leitor de RSS

Script — são comandos que executam funções específica dentro de um site

SEO — sigla para “Search Engine Optimization”: ações e truques que melhoram a posição de um site em um resultado de busca

Sistema operacional — software fundamental de qualquer computador, que faz que todas as placas e programas instalados funcionem. Exemplo clássico: Windows

Startup — empresa recém-criada e ainda em busca de espaço no mercado da tecnologia, como o Foursquare

Subir — é quando você pega um arquivo do computador e o disponibiliza na internet. Também vale dizer upload

TAG — ao pé da letra, é etiqueta. São termos que organizam o conteúdo na internet

Tumblr — é como se fosse um blog, mas com foco em republicar coisas legais que você viu online — e é mais fácil de usar

Twitter — um blog para posts curtos, uma rede social ou uma nova mídia? Os três!

URL — é o endereço do site, o que você escreve na barra do navegador

USB — é aquela entrada que tem a ponta retangular. USB é sigla para porta serial universal, em inglês

Viral — quando um vídeo, link ou foto parece que se espalha sozinho na web, ele virou um viral

Voip — programas que permitem usar a web como telefone

WEB 2.0 — 2.0: é a web social, que todos produzem

Web 3.0 — web semântica, nela, conteúdo de diferentes sites interagem entre si e com o usuário

Widget — aplicativo instalado em outro programa para fazer funções específicas

Wiki — linguagem que permite a criação coletiva e colaborativa

WTF — para comentar coisas absurdas e incompreensíveis

XXX — classificação da indústria do cinema para filmes com cenas de nudez, foi adotada pela indústria pornô para deixar claro que há sexo explícito. Se o site tem três X, já sabe...

YouTube — o site do Google é o maior repositório de vídeos do mundo

ZIP — Arquivo que contém outros arquivos, compactados para aproveitar melhor o espaço e facilitar as transferências
 
do Jornal do Estado

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