
Dizem que esses “seres”, profundos conhecedores da sociedade em que vivem e também das pessoas que habitam esse espaço, costumam ter antenas que poderiam captar tudo aquilo que ainda não é muito claro. Um exemplo? Kafka, tendo escrito seu livro mais famoso, “Metamorfose”, antes da eclosão da segunda guerra mundial antecipou toda uma atmosfera supressora e fria que ainda não havia se concretizado no tempo em que vivia. Em suma, ele escreveu uma obra que se não fosse datada, seria perfeitamente alocada no pós-II guerra, na época em que o absurdo e a incoerência tornaram-se elementos imprescindíveis no teatro, principalmente com as peças de Beckett.


Outro exemplo? George Orwell que com seu livro 1984 escrito em 1948 (percebeu? 84-48) revelou alguns elementos que já se tornaram parte do nosso cotidiano e de nossa história. Ainda que não façam uma transcrição perfeita, e essa nem é a intenção, afinal eles são escritores e não profetas, esses artistas aguçam em sua época uma reflexão que para muitos ainda é distante.
Qual a tendência dessa semana então? Ler, ler, ler e ler. Com sorte você pode encontrar um autor que possa, nos próximos anos, antecipar aquilo que promete realmente se concretizar, se você tiver azar, na pior das hipóteses, pelo menos terá se divertido.
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