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Chegou a vez do Blu-ray?

15 de jun. de 2010

Fabricantes estimam que 150 mil aparelhos sejam vendidos este ano no país. Mas, em relação às vendas, o DVD tradicional ainda ganha de goleada

Ataide de Almeida Jr.

A pergunta do título desta matéria pode ser respondida com um sim, se o país em questão for os Estados Unidos. O aparelho reprodutor de discos em alta definição gerou apenas em 2009 no mercado norte-americano US$ 1 bilhão em lucro para as empresas de eletrônicos, de acordo com a Consumer Eletronics Association (CEA). A previsão segue otimista para todo o ano de 2010. Os analistas da CEA projetam vendas de 11,5 milhões de aparelhos e cerca de US$ 1,5 bilhão de receita.


No entanto, quando o assunto é Blu-ray no Brasil, o crescimento ainda vai ser tímido. Os fabricantes estimam que sejam vendidos 150 mil aparelhos este ano, 50 mil a mais que em 2009. No ano passado, apenas 6% de todos os produtos de vídeo correspondiam aos tocadores de filmes em alta definição. Apesar dos números, o clima é de otimismo. A indústria espera que o mercado de Blu-ray siga o rastro das vendas de televisores Full HD para a Copa do Mundo da África do Sul e apresente crescimento ainda maior. “Não podemos dizer quantos aparelhos a Samsung pretende produzir para a venda, mas posso afirmar que iremos dobrar o volume de produção”, explica Márcio Portella, diretor da divisão de eletrônicos de consumo da Samsung.

Para a LG, não só a Copa do Mundo irá alavancar as vendas dos Blu-rays no Brasil, mas também a maior quantidade de títulos disponíveis para compra. “O mercado vai decolar quando o preço cair, mas não adianta o aparelho ser barato e conteúdo ser caro. É o conjunto que vai fazer o Blu-ray seja mais procurado”, explica Rafael Gris, gerente de produtos de áudio e vídeo da LG. O início da produção de aparelhos na fábrica de Manaus da LG no fim do ano passado trouxe boas expectativas de vendas para a empresa. O modelo mais barato da companhia custa R$ 599 e é uma das apostas para conquistar o mercado. “Queremos vender cerca de 20% de aparelhos este ano”, afirma Gris.

O desconhecimento dos consumidores quanto a nova tecnologia é outro ponto que merece destaque. O grande questionamento é o que muda e por qual motivo deve-se comprar um aparelho de Blu-ray. Aspectos como a alta qualidade da imagem, o maior espaço da mídia — que possibilita a inclusão de vários extras — e o preço ainda passam despercebidos para o consumidor. “Temos que educar o consumidor, mostrar para eles que com o Blu-ray ainda é possível tocar DVD. O Blu-ray é apenas um adicional ao aparelho”, afirma Gris da LG.

A concorrência com o DVD tradicional também é um dos empecilhos para a popularização do aparelho. No ano passado, foram vendidos 4,2 milhões desse aparelho. Para este ano, a expectativa é de 3,7 milhões. Mesmo com a queda, a demanda ainda continua forte. Por isso, os fabricantes ainda são cautelosos em anunciar o fim do DVD tradicional. “Quando souber de alguém que tenha essa data me avise”, brinca Portella, da Samsung.

Região A

O preço dos filmes e shows em blu-ray também é um entrave para o crescimento do aparelho no Brasil. O sucesso de bilheterias do diretor James Cameron, Avatar, não é vendido por menos de R$ 79 nas lojas. É nesse ponto que a divisão das regiões para distribuição dos filme Blu-ray favoreceu o Brasil. O continente americano e a Ásia Central fazem parte da região A. Com isso, grande parte dos títulos de Blu-ray já começam a chegar aos Estados Unidos e Hong Kong com legendas e áudio em português. O mesmo filme de Cameron sai por US$ 19,90 (R$ 35) na Amazon.com.

No entanto, nem todos os títulos são vendidos assim. Para facilitar o serviço de busca por Blu-rays legendados em português, o analista financeiro Fábio Vasques, 28 anos, criou o site Blu-Rays Legendados. Na página, é possível encontrar produções antigas, lançamentos e, o melhor, preços baixos em diversas lojas do mundo. “Eu participava de um fórum na internet, no qual os usuários compartilhavam os títulos legendados. Mas, a busca não era fácil. Por isso, tive a ideia de reuni-los em um site”, explica. A página teve mais de 30 mil visitas no mês passado.

O site possui apenas filmes e shows que rodam em aparelhos do Brasil e que possuem legenda e áudio em português. “Vou atrás de reviews em outros sites que detalham o conteúdo dos discos. No site, todos eles têm legenda em português. Há títulos em português de Portugal, que são identificados com a sigla PT-PT”, afirma.

Para Vasques, este ano o Blu-ray vai ter um avanço bem maior que o ano passado. “Temos a maior parte das grandes distribuidoras no Brasil lançando os discos quase que simultaneamente com os DVDs tradicionais”, explica. O grande problema do site, aponta o analista o financeiro, ainda é o medo das pessoas em comprar discos do exterior, por causa do idioma das páginas — geralmente em inglês — e as dúvidas sobre frete e taxas de importação. A solução foi didática. Há no site um vídeo explicativo e um guia para iniciantes.

A indústria também tenta diminuir o preço da mídia com a implantação de fábricas no Brasil. A Microservice iniciou no fim do ano passado na fábrica de Manaus a produção de mídias Blu-ray. O local é capaz de fornecer até 400 mil unidades de discos por mês. A unidade já produz os discos nos formatos BD25 (25GB) e BD50 (50GB). “Acreditamos no potencial desse novo mercado que, a partir de 2010, irá trazer bons frutos para todos os elos da cadeia”, afirmou Isaac Hemsi, diretor da Microservice, durante o início da produção.

Blu-ray legendados
http://www.blurayslegendados.com/


Blu-ray mais acessível

Mercado tem produtos com preços abaixo de R$ 600. Modelos que gravam o conteúdo e que rodam 3D são esperados ainda para este ano

Ataide de Almeida Jr.
 
Após a definição da briga entre o HD-DVD e o Blu-ray — no qual o segundo saiu campeão — a indústria começou a incluir no mercado diversas opções de Blu-ray. A aposta em 2007 era que em 10 anos o aparelho já substituíssem os tradicionais DVD. No entanto, o produto ainda é considerado caro para grande parte da população — principalmente no Brasil — e parece que vai levar mais tempo para que domine o cenário.


Algumas empresas sem tradição no mercado de DVDs começam a despontar e trazer mais competitividade para o segmento. A TecToy, por exemplo, — conhecida pela fabricação de videogames, como o antigo Master System — foi a primeira a lançar um Blu-ray fabricado no Brasil (em fevereiro de 2009), o modelo DBR-750. Assim como os aparelhos das gigantes da indústria de eletroeletrônicos, o Blu-ray da TecToy possui conexão LAN e conexão USB, que permite exibir fotografias no formato JPG ou ouvir músicas em MP3, WMA ou WMV gravadas em discos ou dispositivos USB, além de armazenar os conteúdos exclusivos recebidos por meio da função BD Live. O preço é ainda mais atraente, R$ 499.

Para não fazer feio diante das investidas de empresas novas no mercado, os gigantes da indústria também baixaram os preços. O modelo Blu-ray de entrada da LG sai por R$ 599. Já a Samsung traz o BD-C5500 a R$ 649 e a Panasonic vende o DMP-BD60PU-K por R$ 799.

Blu-ray 3D

A explosão de filmes tridimensionais e o lançamento de televisores com essa tecnologia abriu uma nova partição para o mercado de Blu-rays. A Sony, a Samsung e a LG prometem já para este ano o lançamento desses produtos. Claro que além de filmes em três dimensões os equipamentos podem ainda reproduzir discos Blu-rays normais e DVDs tradicionais.

O modelo BD-C6900 da Samsung é compatível com qualquer televisor 3D — plasma, LCD ou LED — e possui a função DVD Up Scalling 1080p, que simula em um DVD normal a alta resolução. Além disso, a interatividade por meio do Internet@TV é ponto alto. O usuário conecta o aparelho pela porta Ethernet ou Wi-Fi e ícones de sites são reproduzidos diretamente na TV. Além de notícias e vídeos do YouTube, os equipamentos exibirão conteúdos do Twitter, Getty Images e History Channel.

Assim como o concorrente, o Blu-ray 3D da Sony vai trazer informações da internet por meio de sites parceiros. O BDP-S470 traz ainda a opção de controla-lo pelo iPhone ou iPod Touch e permite a visualização de informações do disco a ser reproduzido nos aparelhos. Para quem já possui um PlayStation 3 e quer ver filmes em três dimensões, a empresa já disponibiliza um firmware para o console transmitir as imagens.

A LG pretende trazer o aparelho ainda este ano, mas apenas para demonstração. “Ainda não há demanda no mercado para este tipo de tecnologia. Queremos trazer para que o consumidor comece a se adaptar e depois aderir ao produto”, explica Rafael Gris, gerente de produtos de áudio e vídeo da LG. No exterior, o modelo já foi lançado. No Brasil, chega ainda este ano.

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Alta definição

Uma das grandes novidades quando foram lançados os videocassetes era a possibilidade de gravar o conteúdo da televisão em fitas e assistir depois. A chegada do DVD trouxe os aparelhos gravadores que substituíam os VCRs e ainda possibilitavam passar as gravações para os discos. No entanto, não houve uma grande demanda do público, pois a internet já começava a trazer na íntegra os programas exibidos na TV.

Por conta desse fluxo de conteúdos na internet aliado aos novos aparelhos das empresas de tevê a cabo — que permitem a gravação dos programas e armazenam em um HD interno — o mercado ainda não vê com bons olhos a chegada dos aparelhos Blu-ray capazes de gravar. “Ainda não temos planos de trazer aparelhos que gravem o conteúdo, pois não há mercado”, explica Rafael Gris.

Fora do Brasil, duas empresas começaram a investir timidamente nesse segmento. A JVC lançou no ano passado um aparelho combo, que possibilita a reprodução de filmes em Blu-ray e fitas cassete. Os filmes caseiros podem ser passados das fitas para a versão em alta definição — claro que mantendo a compatibilidade da imagem.

A Sony é outra empresa a investir na área. A empresa lançou cinco modelos que possuem um discos rígidos interno de até 2TB e permitem 253 horas de gravação em alta definição. Os produtos estão disponíveis nas lojas dos Estados Unidos e Japão, os preços variam de US$ 1 mil, com HD de 320GB, e US$ 2,8 mil para 2TB de armazenamento.

Sony BDP-S360
 
Compacto e elegante, o aparelho é capaz de transmitir som também alta definição e possui menu inspirado no PlayStation 3, o que torna o acesso aos comandos muito mais fácil. O recurso Upscale ajuda a exibir os conteúdos de DVDs tradicionais com melhor qualidade.


Decodificadores Dolby Digital Plus, Dolby TRUE HD e DTS-HD

Recurso Bravia Sync: integra o home theater, Blu-ray e TV Sony via conexão HDMI

Converte os sinais de vídeo convencionais do DVD para alta definição

Função BD Live, permite baixar conteúdo extra de filmes e shows da internet

Preço: R$ 699


LG BD370
 
Com design simples e, ao mesmo tempo, sofisticado, o aparelho traz um botão com iluminação variável de três cores para indicar o tipo de mídia em reprodução – iluminação azul para Blu-ray, laranja para DVDs e roxa para mídias em DivX e demais formatos


Saída com decodificador de Áudio para 7.1 canais

Decodificadores Dolby Digital Plus, Dolby TRUE HD e DTS-HD

Acesso ao YouTube

Função BD Live, permite baixar conteúdo extra de filmes e shows da internet

Preço: R$ 999
 
do Correio Braziliense

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