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Fruta mágica da África

15 de jun. de 2010

Animais selvagens sacodem árvores de marula para devorarem ps frutos caídos. Noivos nativos constumam se casar em suas sombras, por acreditarem que isso trará felicidade eterna ao casal.

No Brasil - e em outros 149 países do mundo - o sabor e a fama da marula chegaram com o licor Amarula Cream, criado há aproximadamente 20 anos. Mas a fruta é muito mais do que isto. Além de dar origem à conhecida bebida, é um ícone africano. Rica em vitamina C e com a semente cheia de óleo natural, atrai diversos animais, como os macacos e os elefantes - que chegam sozinhos ou em manadas para sacudir as árvores até que as frutas caiam. No chão, especialmente no verão, começam a fermentar e proporcionam um sabor adocicado e levemente alcoólico. Eles então as devoram, ficando muitas vezes bêbados.


As árvores também são sonho de consumo dos jovens casais de noivos africanos, que acreditam em suas propriedades afrodisíacas. As cerimónias realizadas sob uma delas teriam grandes chances de trazer felicidade eterna, o que faz com que algumas tribos a chamem de Árvore do Casamento. "Sua fruta ainda é utilizada para fins culinários e medicinais, podendo ser ingerida pura, gelada ou transformada em gelatina, cerveja ou geleia", explica Jaime Maurtua, diretor-geral para a América Latina do grupo Distei!, que produz o Amarula Cream.

Multifuncional, até mesmo a noz da marula é aproveitada. Rica em óleo, é utilizada na produção de cosméticos. Da árvore, nem a casca é desperdiçada. Ela é usada para diversos fins, dentre os quais está a crença em que determinaria o sexo dos filhos do casal, até o tratamento de dores de estômago ou a cura para o sarampo. Mas, segundo Maurtua, uma de suas mais importantes funções tem sido mesmo a social. "Estima-se que aproximadamente 60 mil pessoas dependam da renda gerada pêlos residentes que vendem a marula para a fábrica", diz Maurtua.

Um relatório recente do Institute of Natural Resources apontou que, por meio de seu desenvolvimento na área, a Distei! injeta aproximadamente o equivalente a R$ 1,5 milhão por ano na economia local. Como a estação de colheita da marula dura somente cerca de seis semanas, o que deixaria os residentes sem renda durante o resto do ano, diversos programas de desenvolvimento económico sustentável foram criados - após um processo de consul¬ta com os chefes das tribos - para assegurar que os resi-

Cerca de 60 mil sul-africanos vivem da colheita da marula.

dentes locais que fornecem a fruta para a fábrica tenham outras alternativas de sobrevivência. Cinco vilas já foram apoiadas por programas de desenvolvimento econômico. Isto inclui desde projetos de fabricação de cercas de arame até construções de creches ou centros comunitários. Além de fornecer o espaço de trabalho, a infraestru-tura e a matéria-prima, a Amarula também patrocina o treinamento dos residentes envolvidos nestes projetos.

Os elefantes, símbolo internacional do licor feito a partir da marula e marca registrada de seus rótulos, são da mesma forma beneficiados por ações de incentivo, como o Programa Amarula de Pesquisa sobre o Elefante Africano. Fabricado desde 1989, o licor cremoso é o líder de mercado entre 'os similares importados no Brasil, onde geralmente é consumido puro ou com gelo. A bebida foi eleita como o melhor licor do mundo por três vezes consecutivas (2006 a 2008) pela The International Wine & Spirit Competition, reforçando sua tradição e tornando a fruta notória internacionalmente.

da Revista Top View

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