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Maravilhas e maravilhas bizarras da cidade

12 de mar. de 2010

Em 2007 um site curitibano realizou uma votação para escolher as 7 maravilhas bizarras da cidade. Entre muitos concorrentes de peso, venceu a Estátua da Liberdade da Havan, seguido pela igreja batista em eterna construção na Av. Batel.


A escolha dos monumentos curitibanos faz parte de uma brincadeira virtual para divulgar o site e acabou ganhando grande repercussão na internet. “Foi engraçado. Acabou tomando uma dimensão que não esperávamos”, conta o jornalista Rodrigo Apolloni, um dos idealizadores do concurso.

Ao contrário da votação mundial que durou várias semanas e contou com a participação de cerca de 100 milhões de pessoas, a eleição das sete maravilhas bizarras de Curitiba aconteceu em apenas uma semana e teve somente 70 votantes. O primeiro lugar ficou com a réplica da Estátua da Liberdade da loja Havan, no bairro Prado Velho. Em seguida estão a Fonte da Memória, localizada no Largo da Ordem, e a Primeira Igreja Batista de Curitiba, que continua em construção na Avenida Batel. Os outros quatro eleitos são o Rio Belém; a cracolândia dos arredores da Praça Tiradentes; a vida “trash” noturna da Rua Cruz Machado; e o mural pintado na fachada da prefeitura.

Apolloni conta que a idéia do concurso surgiu em um bate-papo durante o intervalo de trabalho. A lista de indicados ao “título” foi montada na mesma hora. “Bizarro não quer dizer tosco ou feio. O dicionário traz o significado de algo extravagante. Quem votou fez a associação que quis”, justifica o jornalista.

A campeã da extravagância, a estátua da Havan, fez a professora aposentada Maria Auxiliadora Pimenta pensar no sentido do monumento. “Não tem nada a ver com o Brasil. É copiado”, critica. A assessoria da rede catarinense de lojas explica que a estátua foi colocada em algumas unidades como estratégia de marketing para chamar a atenção das pessoas.

Já a cabeça de cavalo da Fonte da Memória que jorra água pela boca divide opiniões. “É estranho”, afirma a cuidadora de idosos Lenir Pereira da Silva. “Acho interessante. É muito importante porque não nos deixa esquecer de onde nós viemos”, diz o economista André Florecki. O monumento do artista curitibano Ricardo Tod, morto em um acidente rodoviário em 2005, foi colocado em frente à Igreja do Rosário em 1995, na gestão de Rafael Greca, para resgatar a história dos colonos que levavam seus cavalos para beber água na região. “Prefiro não entrar no mérito do julgamento, já que assim são os grandes artistas: conseguem irritar a mediocridade até depois de mortos. Ricardo Tod morreu como artista da galeria Louvre, em Paris”, dispara Greca.

Há 24 anos em construção, a Primeira Igreja Batista de Curitiba também não deixa de chamar a atenção pelo seu tamanho. O projeto, iniciado em 1983, será concluído com 27 mil metros quadrados, mas ainda não há previsão para o término das obras. O pastor Paschoal Piragine Júnior, presidente da igreja, explica que a obra tem sido feita de acordo com as doações dos fiéis e ressalta que o local também abriga diversas ações, como curso pré-vestibular e núcleo de emprego.

Agora é a vez dos internautas escolherem as 7 maravilhas da cidade representadas em fotos. Em comemoração aos 317 anos da capital, a Gazeta do Povo está realizando a eleição das 7 Mara-vilhas de Curitiba. A partir desta segunda-feira, o público poderá votar pela in ternet em um dos 20 retratos da cidade feitos pelos fotógrafos do jornal. As sete imagens mais votadas vão virar uma coleção de postais, que circulará no jornal entre os dias 29 de março e 4 de abril. Um suplemento especial contará os detalhes de cada uma das 7 Maravilhas escolhidas.


“Para o aniversário de Curitiba, o jornal pensou, neste ano, em contar com a participação efetiva da po pulação. Para isso, repassou aos curitibanos a tarefa de escolher quais imagens representam me lhor a capital. Afinal, não há ninguém melhor que os próprios cidadãos para decidir quais são os registros mais significativos da cidade”, diz Nelson Souza Filho, diretor de redação da Gazeta do Povo.

As 20 fotos selecionadas misturam, segundo o editor de fotografia João Bruschz, o olhar afetuoso do curitibano com a curiosidade de quem vê tudo pela primeira vez e o primor técnico. “O profissional da fotografia sempre busca olhar o cotidiano sob um novo ângulo. Se ja pelo ineditismo da imagem, para extrair alguma informação especial ou, simplesmente, pela estética”, comenta.

O resultado são imagens poéticas, curiosas e, muitas vezes, en graçadas que revelam uma Curi tiba de detalhes, de intervalos e de anônimos. Entre as fotografias, as polêmicas calçadas de petit pavê, os ipês floridos, as luzes do trânsito barulhento, o casario multicolorido da capital, os dias preguiçosos de chuva e as réstias de sol sobre gramados gelados. “Fugimos dos pontos turísticos, para olhar além. Olhar para o que está diante de todos, mas só fica registrado por meio da fotografia”, diz Bruschz, que fotografa há 33 anos – 22 deles para a Gazeta do Povo.

Como votar

- Basta acessar o endereço www.gazetadopovo.com.br/7maravilhas e escolher a imagem preferida, entre os dias 8 e 18 de março.

1 comentários:

Karlos. disse...

A Igreja Batista de Curitiba não é feia, ela é grande. Acredito que após a conclusão se tornará um belo ponto turístico, pela imponência e pela localização.

7 de abril de 2010 às 21:05

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