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blog Pausa Dramática

Milhões de pessoas usam redes sociais para jogar

1 de abr. de 2010

Games, como FarmaVille e Colheita Feliz, viram febre no Orkut e Facebook

“É questão de se organizar — plantar antes de sair e colher de manhã, na hora em que chega em casa”, explica Fernando Bueno, de 27 anos. Santarosa Barreto, 23, que estuda Artes Plásticas na mesma sala que ele, tem até um pavão em sua fazenda e sabe o período de plantio e colheita de vários vegetais. Eles até são motivo de piada entre os amigos devido à obsessão rural. Mas não ligam. Afinal, fazem parte da principal tendência nos games hoje em dia: a dos jogos sociais.


Estes jogos estão dando uma sobrevida às redes sociais: só o FarmVille, a fazenda virtual do Facebook em que Bueno e Santarosa aram seus terrenos, reúne quase 100 milhões de pessoas No Orkut, maior rede social do Brasil, o similar Colheita Feliz, reúne 18 milhões de jogadores, sendo que 11 milhões jogam toda semana. Estes jogos atraem (e viciam) um público que nunca se interessou por games. A mecânica é simples, não há muito esforço mental, o nível de competitividade é baixo e não é preciso instalar nada no computador.

No FarmVille, plantar e colher na hora certa garante a venda de estoques, o que gera dinheiro — virtual — para a aquisição de mais itens. Exige dedicação: o tempo de plantio e de colheita de um morango, por exemplo, é de oito horas. Os jogadores gerem suas fazendas, plantam, colhem, criam bichos e trocam itens com seus vizinhos de fazenda.

E um dos segredos para subir de nível é ter mais vizinhos, que podem ajudar o jogador a ganhar presentes e poupar tempo. “No início, o vício está em subir de fase, e como você ainda não sabe direito como as coisas funcionam, fica ansioso e entra o dia inteiro no jogo para acompanhar as plantações”, explica Santarosa. Ela começou a jogar em outubro passado, influenciada pelo namorado. “Ao contrário dele, eu nunca gostei de videogame.”

Eis o público deste tipo de jogo: em fevereiro, uma pesquisa feita pela produtora de games Popcap apontou que o público-médio dos jogos sociais são mulheres na faixa dos 40 anos. Fernando e Santarosa confirmam — e recebem mensagens de amigos que pedem para que adicionem suas mães no FarmVille.

“Eles me ajudam a passar o tempo, conhecer pessoas e refrescar a cabeça enquanto trabalho”, confirma a professora da Escola de Comunicação e Artes da USP, Nancy Nuyen, 49 anos.
 
 
Versão verde amarela

Jogo é criado para brasileiros
 
Colheita Feliz é o FarmVille brasileiro. Criado pela Mentez, produtora norte-americana especializada em aplicativos para redes sociais que abriu escritório no Brasil em 2008 para criar softwares para o Orkut, o jogo tem números impressionantes: seus 18,6 milhões de jogadores superam em quase três vezes o número de brasileiros no Twitter. Não dá nem para comparar com a presença do Brasil no Facebook, que é de 2,2 milhões. E o jogo ainda ganha cerca de 700 mil novos jogadores por semana.


Apesar dos gráficos simples, o conceito do Colheita Feliz é o mesmo do FarmVille, mas o primeiro tem traços pensados para agradar o gosto brasileiro. “A versão russa do Colheita foi modificada porque lá não aceitam a ideia de roubar a fazenda do vizinho, algo que faz muito sucesso aqui”, diz Tahiana D’Egmont, diretora geral da Mentez no Brasil, que planeja criar jogos para iPhone também. “Estamos trabalhando em um game para Facebook, Orkut e iPhone; o jogador pode continuar a jogar em qualquer plataforma, de onde parou.”
 
Do Jornal do Estado

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